postado em 09/07/2016 14:00
Apesar de terem raízes no nordeste, as festas juninas ; e julinas ; são comemoradas em todo o território nacional. Além das comidas típicas, uma das principais marcas do evento passa pelas quadrilhas, com coreografias que encantam o público. A paixão e dedicação dos dançarinos também é visível em cada uma das apresentações. No Distrito Federal, a tradição não fica de fora: são 23 grupos em atividade, que disputam competições em dois módulos. O especial conta com 14 equipes, enquanto o de acesso tem nove. Na elite, eles disputam entre si para que o campeão dispute o campeonato nacional. Dedicação de um ano inteiro, em que depositam dinheiro, fé e muito amor, para apenas 25 minutos de dança.
Desde 1992, a quadrilha Chamegos do Ó se mostra pelo DF e por todo o Brasil. Para que cada apresentação seja impecável, tudo começa com a escolha do tema, entre outubro e novembro do ano anterior. No grupo, por exemplo, a ideia é sempre pegar um pouco da cultura da capital federal e misturar com algo relacionado a outras regiões. Em 2016, eles trabalham com a narrativa do sertanejo, a fé, a força e a vida sofrida. O horário de treino é adaptado para todos os integrantes, das 22h às 1h; assim, todos conseguem conciliar trabalho e estudos. Para o coordenador do grupo, Márcio Nunes, 31 anos, o que move as pessoas do movimento junino é a devoção pela dança e pela tradição. ;O que faz a gente realizar tudo isso é o prazer. Até porque apostamos tudo o que temos. O recurso não volta para a quadrilha, é por se sentir bem;, relata.
Márcio também é presidente da Liga Independente de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (LinqDFE). É por meio do circuito de apresentações que os grupos do módulo especial da capital são selecionados para competir no evento nacional ; a primeira etapa ocorreu em Águas Lindas (GO) e há mais duas (leia Acompanhe). Este ano, a disputa será em agosto, em Belém. Para ele, o estilo de dança da capital brasileira é diferente porque mistura muitas culturas. ;É um desafio. Lá no Nordeste, é muito tradicional. Eles possuem o apoio de todos, desde o governo até a população. Afinal, eles preparam essa festa durante os 365 dias. Mesmo que a liga aqui tenha 16 anos, nós não temos esse suporte;, expõe.
Detalhes
Então, é na base do esforço próprio que pessoas como Lucas Martins, 31 anos, brilham. Ele é o noivo da quadrilha Si bobiá a gente pimba desde 2008. O grupo de Samambaia é um único pentacampeão no DF e duas vezes vice-campeão nacional. Para ganhar, cada detalhe é feito com bastante cuidado, as roupas são todas costuradas a mão e a convivência entre os componentes é um ponto-chave. Todos consideram a equipe, que possui aproximadamente 83 pessoas, uma verdadeira família. Lucas, por exemplo, conheceu a esposa na quadrilha. ;Costumo dizer que tenho no grupo uma namorada, uma esposa e uma noiva;, brinca. Uma das maiores dificuldades, segundo ele, é manter as contas do grupo em dia. Como ocorreu em 2015, os gastos chegaram a R$ 60 mil. No fim da temporada, em setembro, não haviam arrecadado nem a metade. ;Por isso, nós falamos que mexemos com quadrilha o ano inteiro. Depois que acabamos as apresentações, continuamos trabalhando para arrecadar.;
Para dar certo, a participação da comunidade é fundamental. A quadrilha Triscou queimou, do Paranoá, por exemplo, conta com uma equipe de 100 pessoas, entre dançarinos, equipe de apoio e direção. Este ano, o tema que o grupo representa é a história de Maria Bonita antes da entrar no cangaço. Para a montagem, dois coreógrafos planejaram tudo. O coordenador da Triscou, Warley Oliveira, 24, afirma que a arrecadação financeira é praticamente toda feita por meio de apresentações particulares. ;Fazemos eventos para arrecadar fundos, como galinhada, feijoada e bazares, mas este ano não conseguimos promover nada;, relata. Então, garante Warley, o esforço de cada um é ainda maior para manter a tradição.
Acompanhe
Campeonato local
2; etapa
Local: Cruzeiro (estacionamento da feira)
Dia e horário: hoje e amanhã, às 19h
3; etapa
Local: Taguapark
Dia e horário: de 15 a 17 de julho, às 19h
Márcio também é presidente da Liga Independente de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (LinqDFE). É por meio do circuito de apresentações que os grupos do módulo especial da capital são selecionados para competir no evento nacional ; a primeira etapa ocorreu em Águas Lindas (GO) e há mais duas (leia Acompanhe). Este ano, a disputa será em agosto, em Belém. Para ele, o estilo de dança da capital brasileira é diferente porque mistura muitas culturas. ;É um desafio. Lá no Nordeste, é muito tradicional. Eles possuem o apoio de todos, desde o governo até a população. Afinal, eles preparam essa festa durante os 365 dias. Mesmo que a liga aqui tenha 16 anos, nós não temos esse suporte;, expõe.
Detalhes
Então, é na base do esforço próprio que pessoas como Lucas Martins, 31 anos, brilham. Ele é o noivo da quadrilha Si bobiá a gente pimba desde 2008. O grupo de Samambaia é um único pentacampeão no DF e duas vezes vice-campeão nacional. Para ganhar, cada detalhe é feito com bastante cuidado, as roupas são todas costuradas a mão e a convivência entre os componentes é um ponto-chave. Todos consideram a equipe, que possui aproximadamente 83 pessoas, uma verdadeira família. Lucas, por exemplo, conheceu a esposa na quadrilha. ;Costumo dizer que tenho no grupo uma namorada, uma esposa e uma noiva;, brinca. Uma das maiores dificuldades, segundo ele, é manter as contas do grupo em dia. Como ocorreu em 2015, os gastos chegaram a R$ 60 mil. No fim da temporada, em setembro, não haviam arrecadado nem a metade. ;Por isso, nós falamos que mexemos com quadrilha o ano inteiro. Depois que acabamos as apresentações, continuamos trabalhando para arrecadar.;
Para dar certo, a participação da comunidade é fundamental. A quadrilha Triscou queimou, do Paranoá, por exemplo, conta com uma equipe de 100 pessoas, entre dançarinos, equipe de apoio e direção. Este ano, o tema que o grupo representa é a história de Maria Bonita antes da entrar no cangaço. Para a montagem, dois coreógrafos planejaram tudo. O coordenador da Triscou, Warley Oliveira, 24, afirma que a arrecadação financeira é praticamente toda feita por meio de apresentações particulares. ;Fazemos eventos para arrecadar fundos, como galinhada, feijoada e bazares, mas este ano não conseguimos promover nada;, relata. Então, garante Warley, o esforço de cada um é ainda maior para manter a tradição.
Acompanhe
Campeonato local
2; etapa
Local: Cruzeiro (estacionamento da feira)
Dia e horário: hoje e amanhã, às 19h
3; etapa
Local: Taguapark
Dia e horário: de 15 a 17 de julho, às 19h