Cidades

Levantamento aponta carência de instituições para permanência de idosos

A capital tem 15 casas. Dessas, seis são filantrópicas e dispõem de 229 vagas para atender a população carente.

Luiz Calcagno
postado em 10/07/2016 08:10
Domingas no Lar dos Velhinhos Bezerra de Menezes, em Sobradinho:

A carência de instituições de longa permanência para idosos (ILPIs) é capítulo à parte na política para a terceira idade no Distrito Federal. A capital tem 15 casas. Dessas, seis são filantrópicas e dispõem de 229 vagas para atender a população carente. Há, ainda, fila de espera com pouco mais de 100 pessoas ; algumas delas necessitam de urgência. Existem outros cinco estabelecimentos particulares que pleiteiam, na Secretaria de Saúde, a documentação para se tornarem ILPIs pagas. Todos os abrigos, regulares ou irregulares, filantrópicos ou pagos, revelam algum tipo de pendência, mas sem registros de maus-tratos.

Na visão da inspetora da Vigilância Sanitária Maria das Graças Brito, a quantidade está longe de atender as necessidades da capital. Ela lembra que, mesmo as instituições filantrópicas, têm caráter privado. Isto é, a permanência dessas entidades, em última instância, depende da capacidade e da vontade dos fundadores e responsáveis em mantê-las. Ainda que recebam auxílio do governo, gastam muito na fila da burocracia para se adequarem às normas e para, por exemplo, conseguirem com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o direito de comprar remédios para os idosos diretamente com os laboratórios, a um preço inferior ao das farmácias.

Anualmente, essa licença vence e é preciso dar início ao processo do zero. Essa é uma das batalhas enfrentadas, atualmente, pelo Lar dos Velhinhos Bezerra de Menezes, em Sobradinho. A instituição abriga 70 pessoas. Entre elas, está Domingas Alves dos Santos, a Dodô, 79 anos. Além de uma série de medicamentos, ela precisa do auxílio de respirador para manter a qualidade de vida.

Dodô não tem parentes. O único vínculo dela é com uma ex-patroa, que conseguiu a vaga. ;Eu me sinto muito bem aqui. Respeito todos e todos me respeitam. Não tem hotel melhor. Tenho roupa lavada, cama para dormir e quarto limpo. É muito importante para o DF ter lugares como esse. Já ouvi muitos casos de idosos que estão sozinhos. Isso é um sofrimento;, diz. A idosa e outros residentes seguem programação diária de atividades, além de atendimento médico e fisioterapia.

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