Cidades

Jovens discutem importância da nova geração na transformação da sociedade

Além do diálogo claro, é necessário investimento na saúde e na educação de uma parcela da população que pleiteia seu espaço na sociedade

Otávio Augusto
postado em 12/07/2016 06:10

Além de debate, os adolescentes assistiram a uma apresentação do Dream Team do Passinho, que lançou a canção Mais direitos, menos zika, um alerta para a transmissão sexual do micro-organismo

Estudiosos e teóricos da educação estão há tempos indagando a dinâmica das políticas públicas focadas nos jovens. O dilema, segundo alunos, professores e pais, é harmonizar as práticas educacionais de modo que as carências e exigências da sociedade sejam atendidas. O caminho a ser traçado se ancora no protagonismo dos jovens. A conclusão saiu do debate, que reuniu 100 adolescentes para marcar o Dia da População, comemorado ontem. A ação foi promovida pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Além do diálogo claro, com informações precisas e desconstrução de preconceitos e dogmas, é necessário investimento na saúde e na educação de uma parcela da população que pleiteia seu espaço na sociedade.

Acreditar que a educação escolar sozinha pode mudar a sociedade ou condená-la como um aparelho ideológico do Estado é uma utopia ingênua, destacam os livros de pedagogia. A atuação dos educadores deve ser centrada na reciprocidade com processos econômicos e políticos que se relacionam com a igualdade social, a justiça e a qualidade de vida, especialmente dos segmentos mais desfavorecidos. ;A escola é opressora, tradicionalista, reacionária e engessada. Isso afasta os adolescentes. O desafio do professor é se reinventar e promover a ampliação de repertório cultural;, explica a professora de português Gina Vieira Ponte, do Centro de Ensino Fundamental 20 de Ceilândia.

Durante mais de três horas, no Centro de Referência, Pesquisa, Capacitação e Atenção ao Adolescente em Família (Adolescentro), na 605 Sul, os jovens criticaram o endurecimento do discurso conservador e fundamentalista contra mulheres, negros e a comunidade gay. ;Pertencemos a uma geração em que as coisas estão se transformando e o maior abismo é desconstruir os dogmas do passado;, lamenta a estudante do 2; ano Yasmin Paz Antunes, 16. Seu colega Renan Leite Souza, 17, completa: ;Hoje, temos professores que lidam bem com as nuances da sociedade, mas ainda são muitos os casos que disseminam comportamentos equivocados;, resume. A faixa etária entre 15 e 19 anos é a terceira maior no DF, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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