Renato Alves
postado em 18/07/2016 10:42
Morreu, neste domingo (17/7), o professor Lauro Morhy, reitor da Universidade de Brasília entre 1997 e 2005. Natural de Guajará-Mirim, Rondônia, ele tinha 76 anos e morava na capital do país há 46. Internado em um hospital, lutava contra um câncer. O velório de Lauro Morhy acontecerá na terça-feira (19), das 10h às 12h, na Capela 10 do Cemitério Campo da Esperança. Em seguida, o corpo do professos seguirá para Valparaíso (GO), onde será cremado. A comunidade acadêmica organiza homenagens.
A confirmação da morte partiu do atual reitor da UnB, Ivan Camargo. Ele trabalhou com Morhy. ;A Universidade de Brasília inteira está de luto. Estamos todos muito chateados. O professor Lauro Morhy foi uma referência para nós e um exemplo para a universidade. Eu tive a chance de participar da equipe dele na reitoria e estou bastante abalado. Estive com ele no hospital na semana passada. Conversamos. Ele estava lúcido", contou Camargo. "O professor sempre foi um exemplo. Para mim, em particular, pela forma que ele conduziu a UnB, sempre ouvindo anseios e harmonizando-os. Estamos todos muito abatidos;, completou.
Política
Lauro Morhy desembarcou na UnB em 1970. Na época, faltavam docentes para compor os departamentos. Desde então, passou a ser um colaborador ativo. Pouco antes desse período, enfrentou a perseguição política por ter sido diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) ao lado de figuras ainda influentes nos dias de hoje, como o ex-governador de São Paulo José Serra.
Ao chegar à universidade, foi direto para o Instituto de Química (IQ), mas logo migrou para o Instituto de Ciências Biológicas (IB), onde fez mestrado em biologia molecular. Movido pelos desafios, resolveu determinar a estrutura completa de uma proteína pela primeira vez no Brasil. O trabalho é considerado a sua maior realização científica e acadêmica ao longo de toda a trajetória como pesquisador.
Em 1985, tornou-se doutor em biologia molecular pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Segundo ele, neste período ainda havia dificuldades estruturais para as pesquisas científicas nas universidades federais do país, especialmente nos departamentos de biologia e química. Porém, a aquisição de aparelhos e o desenvolvimento de programas de incentivo à pesquisa colocaram a UnB entre no eixo das universidades de referência em todo o país.
A reitoria
A longa trajetória e colaboração levou Lauro Morhy ao cargo de reitor da universidade por dois mandatos (1997 a 2001 e 2001 a 2005). Projetos importantes idealizados em sua gestão ainda seguem ativos atualmente, como o Programa de Avaliação Seriada (PAS) e o programa de extensão da universidade, que levou a UnB a Planaltina e Gama.
Após deixar o comando da UnB, Morhy prestou consultorias científicas a diversos órgãos públicos, empresas e fundações. Entre eles, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Fundação Banco do Brasil (FBB. Ele integrfou o Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e presidiu a Associação Brasileira de Química e membro da Sociedade Brasileira de Química, Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e da New York Academy of Sciences.
Política
Lauro Morhy desembarcou na UnB em 1970. Na época, faltavam docentes para compor os departamentos. Desde então, passou a ser um colaborador ativo. Pouco antes desse período, enfrentou a perseguição política por ter sido diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) ao lado de figuras ainda influentes nos dias de hoje, como o ex-governador de São Paulo José Serra.
Ao chegar à universidade, foi direto para o Instituto de Química (IQ), mas logo migrou para o Instituto de Ciências Biológicas (IB), onde fez mestrado em biologia molecular. Movido pelos desafios, resolveu determinar a estrutura completa de uma proteína pela primeira vez no Brasil. O trabalho é considerado a sua maior realização científica e acadêmica ao longo de toda a trajetória como pesquisador.
Em 1985, tornou-se doutor em biologia molecular pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Segundo ele, neste período ainda havia dificuldades estruturais para as pesquisas científicas nas universidades federais do país, especialmente nos departamentos de biologia e química. Porém, a aquisição de aparelhos e o desenvolvimento de programas de incentivo à pesquisa colocaram a UnB entre no eixo das universidades de referência em todo o país.
A reitoria
A longa trajetória e colaboração levou Lauro Morhy ao cargo de reitor da universidade por dois mandatos (1997 a 2001 e 2001 a 2005). Projetos importantes idealizados em sua gestão ainda seguem ativos atualmente, como o Programa de Avaliação Seriada (PAS) e o programa de extensão da universidade, que levou a UnB a Planaltina e Gama.
Após deixar o comando da UnB, Morhy prestou consultorias científicas a diversos órgãos públicos, empresas e fundações. Entre eles, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Fundação Banco do Brasil (FBB. Ele integrfou o Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e presidiu a Associação Brasileira de Química e membro da Sociedade Brasileira de Química, Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e da New York Academy of Sciences.