Cidades

Noivos vendem garrafinhas d'água em semáforo para pagar o casamento

Basta comprar uma garrafinha de água ou um saquinho de suspiros para garantir a festa de dois casais. Eles apelaram ao trabalho nas ruas a fim de driblar a inflação do casório. O brasiliense tem sido sensível à causa

postado em 19/07/2016 06:10
Vestida de noiva, Rosa vende água na rua, na companhia do futuro marido, Luciano: a festa pulou de R$ 12 mil para R$ 20 mil

Não é nada fácil cumprir os votos matrimoniais. Afinal, é preciso estar junto na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando, respeitando e sendo fiel em todos os dias da vida, até que a morte separe o casal. Mas nenhuma dessas obrigações afeta a certeza que os noivos Rosa Maria Vieira Carvalho, 34 anos, e Luciano Dourado Gomes, 27, têm de que vão se casar em 24 de setembro deste ano. Seu convencimento é tal que, diariamente, os dois estão em um dos semáforos da Rodoviária do Plano Piloto, vendendo garrafas de água mineral a R$ 2 na tentativa de custear as despesas com a cerimônia que vai celebrar a união.

[SAIBAMAIS]Essa convicção exigiu um diferencial. De acordo com Rosa, que é empregada doméstica, ela e Luciano, que é motorista, queriam casar ainda em 2015, mas problemas familiares e financeiros exigiram que a celebração tivesse de ser adiada. ;Quando começamos a rever os preços, percebemos que a crise tinha tornado tudo ainda mais caro. Foi então que ele sugeriu de vendermos água. Concordei, mas disse que a gente precisava de um diferencial para se destacar.; A ideia apareceu quase imediatamente na cabeça dela: nada melhor do que se fantasiar de noiva para conseguir atrair a atenção e a compaixão dos motoristas.

Assim, mesmo na costumeira pressa para chegar em casa, entre as 16h30 e as 18h30, todos os dias eles estão lá: ela, de véu, grinalda, vestido branco e uma placa na qual se lê a contagem regressiva para a festa. Ele, de terno, gravata, garrafas na mão e gogó saudável, anunciando o produto e contabilizando as vendas. Ou seja: antes mesmo de oficializar a união, eles demonstram a importância do trabalho em equipe para o sucesso de um casamento. ;Família unida permanece unida, não é o que dizem?;, indaga Luciano. Ele explica que, no primeiro orçamento, ainda em 2015, a ideia era gastar cerca de R$ 12 mil, valor que serviria para cobrir o bufê, a decoração, as alianças e sua roupa. ;Agora, precisamos de R$ 20 mil.;

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