As altas temperaturas e a baixa umidade das últimas semanas castigam o cerrado. A cada dia, mais de 12 incêndios são registrados em áreas florestais. Até 20 de julho, os bombeiros atenderam 2.506 chamados, 1.366 a mais na comparação com os sete primeiros meses do ano passado, quando houve 1.140 registros ; a variação é de 119,82%. Os dois maiores incêndios em 2016 aconteceram em 24 de maio, no Parque Nacional, quando atingiu 451,4 hectares; e em 9 de julho, na região do Incra, com a destruição de 276 hectares. Para a corporação, a estiagem característica nesta época do ano no DF é um dos fatores que contribuem para o aumento dos registros.
Até 20 de julho, as chamas atingiram 4.925,82 hectares contra 12.685,08ha afetados durante todo o ano passado. Segundo o Corpo de Bombeiros, diariamente, 210 militares atuam no combate às chamas, mas o efetivo total fica de sobreaviso. ;São homens de diversas escalas, mas coordenados pelo Grupamento de Proteção Ambiental;, explicou o comandante do Centro de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Alan Alexandre Sérgio.
O combate é realizado tanto em terra como em sobrevoos. Caminhões preparados da corporação transportam até 3 mil litros d;água. Também são utilizados carros que transportam equipes menores para fazer o reconhecimento da área queimada ou agir em intervenções rápidas. Além disso, são utilizados o helicóptero da corporação e aviões. ;As aeronaves são utilizadas todos os dias. A última vez foi nesta semana para atender uma ocorrência de fogo em vegetação;, disse o oficial.
Segundo o tenente-coronel Alan Alexandre, as condições climáticas contribuem para alavancar a quantidade de ocorrências, mas ele considera que a capacidade de resposta dos militares também interfere na quantidade. ;Temos mais gente e, consequentemente, atendemos mais ocorrências. Todo o efetivo da corporação está disponível. As condições climáticas desidratam rapidamente a vegetação, que fica mais propícia a queimar;, destacou.
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