Cidades

Foi dada a largada da 28ª Regata 24 horas Santos Dumont

Mais de 100 velejadores participam da competição no Lago Paranoá, considerada a prova mais longa do gênero no Brasil

Otávio Augusto
postado em 23/07/2016 15:12
Mais de 100 velejadores participam da competição no Lago Paranoá, considerada a prova mais longa do gênero no Brasil
Começou neste sábado (23/7), no Clube da Aeronáutica, a 28; Regata 24 horas Santos Dumont, considerada a mais longa prova em águas de um lago do Brasil. Ao todo, 25 embarcações e mais de 100 velejadores participam da competição. O resultado será divulgado na próxima quinta-feira (28/7).

"Além de resistência, é preciso muita coesão entre a equipe. Afinal, são quatro pessoas convivendo em um espaço de 24 metros quadrados", explica o major aviador Gregore Denicolo, organizador da prova.

Durante a competição, não é permitido a troca da tripulação. "Eles enfrentam o frio, o sol, o cansaço. Por isso, é uma prova que exige treinamento, concentração e disposição", acrescenta Grogore.

O major aviador garante que a prova começa sem um favorito. "É um mistério até o final. Um cabo pode quebrar ou a equipe ser penalizada por uma infração, por isso, não há como saber quem vai ganhar", argumenta.

Plantão

Eliane Caetano, 59, participou de todas as edições da competição. Há 28 anos ela é juíza oficial da prova. Com a ajuda de um binóculo, ela monitora os velejadores. A cada volta ela anota a hora, o minuto e o segundo da sequência.

"Viro a madrugada aqui. Hoje, está bom. Temos mais estrutura. Sou da época que sentávamos no tijolo da obra do clube", brinca a veterana.

Ela é testemunha de vitórias, derrotas e de muitas histórias curiosas. "O que mais acontece é ter gente com insolação e desidratada. O que mais chama a atenção são os olhares de quem tem esperança de vencer ou o sentimento de tristeza daqueles que abandonam a prova", conta.

No início da prova, em 1988, apenas oito embarcações competiram. "É curioso ver como o esporte cresceu. Tenho saudade de muita gente boa que já passou por aqui", completa Eliane.

Percurso

O evento é único no Brasil. Competições similares ocorrem no Canadá e na Europa. Entretanto, lá é permitida a troca da tripulação do veleiro.

Este ano, os competidores vão percorrer as margens do Palácio da Alvorada, da Ponte do Bragueto, do Iate Clube, do Pontão do Lago Sul e dos clubes da raia sul do Lago Paranoá, em especial o Cota Mil.

Pela primeira vez, cada barco vai utilizar um aplicativo de celular, que identificará as posições em tempo real.

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