postado em 26/07/2016 10:57
O Lago artificial da Serra da Mesa, localizado ao Noroeste de Goiás registrou o menor volume em suas águas nos últimos 10 anos. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que coordena a geração de transmissão de energia, mostraram que na última sexta-feira o volume do reservatório chegou a 17,63%. Em junho de 2016 o lago sofreu uma redução de volume de 42,19% comparado ao mesmo período do ano passado.
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A Serra da Mesa é um dos principais espaços para pesca exporta do país, e a queda no volume das águas começa a mostrar impactos na economia da região, movimentada principalmente pelo turismo. Gerani Coelho é dona de uma pousada na região, e conta que o movimento caiu cerca de 50% no último ano. ;As pessoas reclamam que a paisagem ficou muito feia. Antigamente as reservas para o final de semana estavam sempre esgotadas, agora mal tenho lucro para sobreviver;, conta.
O serviço de pesca na região está entre os mais prejudicados. O servidor público Carlos Rocha, 55 anos, saia de Planaltina e ia para a Serra da Mesa duas vezes por ano para pescar tucunarés, mas conta que na última ida, em julho, não teve uma pesca satisfatória. "Fui com meus dois filhos e um grupo de amigos pescar, passamos quatro dias lá, mas pegamos bem menos peixes do que nos anos anteriores. Espero que o nível da água volte a subir até o carnaval, se não terei que ir pescar em outro lugar", conta.
Uma estância na região, que oferece serviços de lazer e pescaria, teve seu movimento reduzido em 90%. A gerente do espaço, Giordana Soares, trabalha no local há 10 anos e diz que este ano foi devastador para os negócios. "Julho sempre é um dos meses mais movimentados, mas até agora, atendemos apenas 20 pessoas. Não vamos conseguir atingir nem 20% do esperado", queixa.
Segundo o presidente da Associação Goiana de Psicultura (AGP), Paulo Silveira, a queda do volume está ligada ao consumo de energia na Usina. ;Temos que entender todo esse sistema de energia elétrica para chegar em um ponto comum onde também seja possível manter o nível das águas alto;, conta.
Distribuição de energia
A Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa, instalada no lago, é indispensável ao atendimento do mercado de energia elétrica das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O Ministério de Minas e Energia, por meio do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), acompanha a situação de abastecimento elétrico no Brasil, e declara que a UHE Serra da Mesa tem 1,2 mil MW de capacidade instalada, que, em caso de impossibilidade de despacho, podem ser supridos por outras usinas do Sistema Interligado Nacional (SIN), sem prejuízo ao atendimento energético.
A distribuição de energia elétrica na região Centro-Oeste está conectada ao sistema interligado nacional (SIN), planejado para atender a maior parte do território brasileiro ; exceto algumas localidades isoladas. Para isso, o sistema mantém condições de segurança em sua operação e preserva a assimetria de condições entre as demais regiões. A troca de energia em grandes blocos, entre as diversas regiões, é o que permite manter o sistema equilibrado e seguro. O risco de desabastecimento é zero.
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A Serra da Mesa é um dos principais espaços para pesca exporta do país, e a queda no volume das águas começa a mostrar impactos na economia da região, movimentada principalmente pelo turismo. Gerani Coelho é dona de uma pousada na região, e conta que o movimento caiu cerca de 50% no último ano. ;As pessoas reclamam que a paisagem ficou muito feia. Antigamente as reservas para o final de semana estavam sempre esgotadas, agora mal tenho lucro para sobreviver;, conta.
O serviço de pesca na região está entre os mais prejudicados. O servidor público Carlos Rocha, 55 anos, saia de Planaltina e ia para a Serra da Mesa duas vezes por ano para pescar tucunarés, mas conta que na última ida, em julho, não teve uma pesca satisfatória. "Fui com meus dois filhos e um grupo de amigos pescar, passamos quatro dias lá, mas pegamos bem menos peixes do que nos anos anteriores. Espero que o nível da água volte a subir até o carnaval, se não terei que ir pescar em outro lugar", conta.
Uma estância na região, que oferece serviços de lazer e pescaria, teve seu movimento reduzido em 90%. A gerente do espaço, Giordana Soares, trabalha no local há 10 anos e diz que este ano foi devastador para os negócios. "Julho sempre é um dos meses mais movimentados, mas até agora, atendemos apenas 20 pessoas. Não vamos conseguir atingir nem 20% do esperado", queixa.
Segundo o presidente da Associação Goiana de Psicultura (AGP), Paulo Silveira, a queda do volume está ligada ao consumo de energia na Usina. ;Temos que entender todo esse sistema de energia elétrica para chegar em um ponto comum onde também seja possível manter o nível das águas alto;, conta.
Distribuição de energia
A Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa, instalada no lago, é indispensável ao atendimento do mercado de energia elétrica das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O Ministério de Minas e Energia, por meio do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), acompanha a situação de abastecimento elétrico no Brasil, e declara que a UHE Serra da Mesa tem 1,2 mil MW de capacidade instalada, que, em caso de impossibilidade de despacho, podem ser supridos por outras usinas do Sistema Interligado Nacional (SIN), sem prejuízo ao atendimento energético.
A distribuição de energia elétrica na região Centro-Oeste está conectada ao sistema interligado nacional (SIN), planejado para atender a maior parte do território brasileiro ; exceto algumas localidades isoladas. Para isso, o sistema mantém condições de segurança em sua operação e preserva a assimetria de condições entre as demais regiões. A troca de energia em grandes blocos, entre as diversas regiões, é o que permite manter o sistema equilibrado e seguro. O risco de desabastecimento é zero.