postado em 28/07/2016 07:54
Brasília é conhecida mundialmente pela arquitetura moderna, erguida a partir dos traços de Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Com apenas 56 anos, ostenta o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco. E, mesmo com tanta história inserida em diversas regiões da cidade, que a riqueza, muitas vezes parece esquecida pelos moradores. É por isso que a superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Distrito Federal, se empenha em fazer o resgate desse reconhecimento. A instituição preparou três projetos relacionados ao patrimônio da capital do país: a exposição Patrimônio arqueológico no Planalto Central; e os livros GT Brasília: memórias da preservação do patrimônio cultural do DF e Superquadra de Brasília ; preservando um lugar de viver.
Essa última publicação está disponível no site da entidade. É o primeiro volume de três, nos quais descreve a importância dessas áreas residenciais para a cidade. Com a Asa Sul e a Asa Norte, há 120 superquadras que contam com as linhas históricas de Lucio Costa. O propósito do material é fazer com que o conteúdo ganhe uma linguagem consistente, mas não técnica. ;Nós queremos um diálogo com o morador de Brasília sobre a composição do espaço urbano da cidade. Como, por exemplo, as características, a livre caminhada e a valorização da arquitetura;, descreve o superintendente do Iphan no DF, Carlos Madson.
A produção da publicação durou cerca de oito meses e teve diversas contribuições. Com o objetivo da leitura mais leve, boxes ilustram as páginas com possíveis dúvidas e também curiosidades. ;O patrimônio é coletivo e pode servir de referência de um bem histórico. Deve ser valorizado por todos. Lucio Costa inovou os conceitos de superquadras;, explica Carlos.
O mineiro de Paracatu Jarbas Gonzaga de Jesus, 59, veio para Brasília com 17 anos em busca de emprego. Há 42, tornou-se chaveiro na SQS 308, considerada uma das quadras modelo do Plano Piloto (leia Para saber mais). ;A minha loja, para mim, é uma residência. Eu moro aqui e volto para o Gama só para dormir;, brinca. Nas horas vagas, diverte-se com os amigos ao lado do negócio. Com escalas de revezamento e sério comprometimento, eles disputam partidas de dominó até o cair da noite. ;Aqui somos uma comunidade;, resume o comerciante.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.