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Em pleno as férias, a turística Goiás Velho sofre com a falta de água

Residências e estabelecimentos comerciais passaram a semana inteira na seca. Companhia capta água do Rio Vermelho, o que não é recomendado por ambientalistas

Renato Alves
postado em 28/07/2016 11:03
Residências e estabelecimentos comerciais passaram a semana inteira na seca. Em uma ação emergencial, a Saneago, companhia de saneamento estadual, decidiu captar água do Rio Vermelho, que corta o centro histórico
Primeira capital e um dos principais destinos turísticos do do estado, a cidade de Goiás, mais conhecida como Goiás Velho, sofre com a falta de água nas torneiras. Residências e estabelecimentos comerciais passaram a semana inteira na seca. Em uma ação emergencial, a Saneago, companhia de saneamento estadual, decidiu captar água do Rio Vermelho, que corta o centro histórico, tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
A captação começou na noite do último domingo (21) e coincidiu com o anúncio da chegada do governador Marconi Perillo (PSDB) e outras autoridades locais, em função da transferência da capital para Goiás Velho, tradição que ocorre todo ano, no dia de aniversário da centenária cidade.

A justificativa oficial para a falta de água em Goiás Velho é que os dois mananciais que abastecem a cidade, os córregos Pedro Ludovico e Bacalhau, praticamente secaram. Mas a decisão da Saneago de iniciar uma captação do Rio Vermelho é criticada por ambientalistas e autoridades municipais. Eles afirma que o Rio Vermelho não tem vazão suficiente e a água pode ser contaminada, pois passa por regiões de drenagens, lavouras e casas e isso pode contaminar a água.

Problema recorrente

É recorrente a falta de água para os moradores em Goiás Velho, distante 310km de Brasília e com 24 mil habitantes. Em 2015, a prefeitura pediu ajuda a Itaberaí. Da cidade distante 42km saíram caminhões-pipa para ajudar no abastecimento dos vilaboenses. A mesma ação era a cogitada pela Saneago até o último sábado. Também não é novidade a seca do Córrego Bacalhau, normalmente afetado quando há períodos prolongados de estiagem.

Estudo divulgado em 2013 e intitulado Os Impactos Socioambientais na Microbacia do Córrego Bacalhau, apontou a falta das áreas nativas. Entre 2000 e 2011, a área exposta ao solo e urbanizada saiu de 9,81% para 19,62%.

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