Policiais civis que faziam a segurança das delegações estrangeiras abandonaram seus postos às 8h desta quinta-feira (4/8). O Governo do Distrito Federal (GDF) tinha se antecipado à medida e articulado com a Polícia Militar para que eles assumissem as funções em caso de paralisação. A Civil havia decidido parar suas atividades por 48h na última quarta-feira (3/8).
Segundo a secretária de Segurança Márcia de Alencar Araújo, os 13 policiais civis que faziam a segurança das delegações foram imediatamente substituídos por militares e os 33 agentes responsáveis pela delegacia do Estádio Nacional Mané Garrincha permaneceram em suas funções.
Representando a Polícia Civil na reunião para entrega das credenciais Force Comander, que permite a entrada dos comandantes das forças de seguranças em toda a cidade, o delegado Anderson Espíndola garantiu que a delegacia do estádio funcionará normalmente, independente da paralisação.
A categoria rejeitou a proposta de reajuste apresentada pelo governo, que previa 7% de aumento em 2017, 10% em 2018 e mais 10% a partir de 2019. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol), Rodrigo Franco, confirmou que os policiais cruzaram os braços e deixaram o trabalho pontualmente às 8h, quando haveria substituição de turno. A reportagem tentou contato com o diretor da Polícia Civil, Eric Seba, que não atendeu as ligações.
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A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que a PM assumiu a segurança das delegações imediatamente, guarnecendo os hotéis que ficariam sem proteção. Por meio de nota, a pasta afirmou que a escolta das delegações olímpicas será feita por batedores da Polícia Militar. "Informamos que os policiais civis que faziam a segurança do hotel onde está hospedada a seleção olímpica brasileira foram substituídos por policiais militares, seguindo todos os procedimentos de atuação, já previstos no planejamento da operação", diz o texto.
Os policiais civis cobram a isonomia salarial com a Polícia Federal, que teve aumento de 37% aprovado. A categoria aprovou ainda a entrega dos cargos de chefia e decidiu fazer uma manifestação nesta quinta (4/8) no estádio Mané Garrincha, durante o jogo do Brasil.