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Cemitério vira palco de batalha de recém-lançado Pokémon GO

Esses pontos são chamados de PokéStops e servem para os jogadores coletarem diversos itens que auxiliam no game

postado em 06/08/2016 06:10
Desde que o jogo chegou ao Brasil, a frequência no Campo da Esperança aumentou: itens de batalha nos túmulos
Desde quarta-feira, o que não falta é brasiliense indo às ruas caçar pokémons. Até locais inusitados não têm sido poupados pelos jogadores do aplicativo, que virou febre em todo o mundo. O Cemitério Campo da Esperança, na 916 Sul, a Catedral Assembleia de Deus, na 910 Sul, e a Catedral Metropolitana de Brasília, no Eixo Monumental, por exemplo, guardam em seus interiores ou arredores vários monstrinhos prontos a serem capturados. Esses pontos são chamados de PokéStops e servem para os jogadores coletarem diversos itens que auxiliam no game.

Dentro do cemitério da Asa Sul, por exemplo, existem três PokéStops e ainda um local onde os pokémons podem batalhar. Um dos pontos que chamam atenção é a Tumba de Lauro Campos ; literalmente um túmulo, onde os jogadores devem ir pegar mais itens. Os funcionários do local contam que estranharam a movimentação. O jardineiro José Rocha, 44 anos, trabalha no local há 19 anos e relata que, desde o dia do lançamento do jogo, o número de pessoas visitando o cemitério aumentou. ;Agora eu sei porque estão vindo aqui com o celular na mão. Já estava começando a achar engraçado;, diverte-se.

A Catedral Assembleia de Deus é outro importante ponto do game. E os jogadores têm tirado a paz dos fiéis. Por ser um local fechado, os seguranças barram, com frequência, os caçadores e reclamam da insistência deles. ;Muita gente passa por aqui querendo entrar, e isso acaba tirando a nossa atenção. Está começando a atrapalhar;, afirma o segurança José Aparecido Santos.

Repleta de PokéStops, a Esplanada dos Ministérios é um dos pontos que mais atraem caçadores. A Catedral e a Biblioteca Nacional viraram ginásios de batalhas pokémon. A estudante Liz Violeta Andrade, 17 anos, realiza trabalho voluntário em um quiosque de informações a turistas, localizado em frente à Catedral. Nos intervalos do serviço, a jovem captura os bichos virtuais. ;Como tenho que registrar quantos turistas circulam por aqui, decidi contar quantos jogadores passam. Em duas horas, já são mais de 20;, diz.

O também estudante Douglas Queiroz, 23, mora na Vila Planalto e reclama que em sua cidade não há tantos pontos de jogo. ;Estou saindo de casa para jogar. Ontem, reuni uns amigos e passamos o dia na Universidade de Brasília (UnB) procurando mais pokémons. Pelo menos agora estou me exercitando;, brinca.

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