Não é preciso muito esforço para vê-los à noite. A pé, de carro ou no transporte público, uma olhadinha rápida é suficiente para perceber dezenas de ciclistas passando juntos, seguindo por quilômetros à frente, em um bloco no qual duas rodas se tornam várias, tornando coletivo um esporte que, à primeira vista, pode parecer solitário. ;Quando começamos, há três anos, éramos apenas oito. Hoje, os passeios juntam até 110 ciclistas;, lembra Cláudio Ferreira. Ele é um dos idealizadores do Caça Pedal, um dos grupos de bike mais atuantes do Distrito Federal e que é sediado em Samambaia.
Para Cláudio, a essência do grupo não está apenas na união entre aqueles que têm nas magrelas uma paixão, mas na possibilidade de fazer com que mais gente seja colocada nesse universo. ;Nosso objetivo é unir famílias. Aqui, você vai encontrar crianças, adultos e idosos que se juntam, empolgados, para andar de bicicleta.; Não há dados oficiais de quantos grupos de ciclismo existem em Brasília, mas, entre aqueles que os coordenam, a estimativa é de pelo menos 140 deles, com, no mínimo, 30 ciclistas cada.
;Temos um grupo só de coordenadores. Toda semana, adicionamos pelo menos quatro ou cinco novos;, explica Eduardo Correia Guimarães, do DBike, de Planaltina. O grupo tem oito anos e, surgido a partir da união de apenas 12 pessoas, hoje chega a reunir mais de 100 em cada passeio. Guimarães explica que um dos pontos mais reforçados por quem se une para pedalar é a segurança que esse modelo de prática traz. ;E isso não apenas para o ciclista. Todas as pessoas que usam as vias podem se beneficiar. O grupo é organizado, trabalhamos com todos sobre as regras de trânsito que devem ser seguidas. Motoristas e pedestres também têm vantagens com isso;, frisa.
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