Cerca de 4 mil policiais civis decidiram, em assembleia realizada na Praça do Buriti na tarde desta quinta-feira (18/8), permanecer com a Operação PCDF Legal. Isso significa que as unidades policiais apenas continuarão registrando as ocorrências, mas os demais serviços, como investigações especiais, continuarão suspensas. A categoria também sinalizou a entrega de cerca de 85% dos cargos de chefia da corporação. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) intermediará as negociações entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e os servidores da segurança.
A assembleia começou às 15h40. Inicialmente, os policiais se revezaram em discursos. Além da exigência do reajuste, de acordo com a equiparação com a Polícia Federal (PF), muitos reclamaram das condições de trabalho. Segundo eles, cerca de 300 carros da corporação estão em más condições. Com isso, eles decidiram devolver os veículos ao Executivo local. Na segunda-feira (22/8), eles farão uma entrega simbólica dos carros em frente ao Palácio do Buriti.
A categoria também exige que o GDF publique no Diário Oficial do DF as exonerações dos postos imediatamente. "Não estamos vendo evolução nas negociações com o Executivo. O nosso objetivo é permanecer com o movimento até a nossa proposta ser atendida. A intenção não é prejudicar a população", ressaltou Rodrigo Franco, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF).
Intermediação
Durante a manhã, os integrantes do Sinpol e do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepo) participaram de uma reunião com o procurador-geral de Justiça, Leonardo Bessa, e com a promotora do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial, Maria Rosynete Oliveira. Ambos decidiram solicitar ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) uma audiência de conciliação entre o GDF e os representantes da categoria.
Com informações de Isabella Conte