O impasse entre a Polícia Civil e o Governo do Distrito Federal segue sem solução. Ontem, cerca de 4 mil agentes decidiram em assembleia realizada na Praça do Buriti permanecer com o movimento de pressão sobre o Executivo. Com isso, as delegacias apenas registrarão ocorrências, e o andamento das investigações continuará prejudicado. A categoria sinalizou a entrega de cerca de 85% dos cargos de chefia da corporação. Na tentativa de acabar com o imbróglio, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) intermediará as negociações.
Além da suspensão das atividades, cerca de 300 veículos da corporação não circularão. De acordo com a categoria, os automóveis estão em más condições de uso. ;Vamos entregar essas viaturas para a manutenção por causa do sucateamento. Isso representa perigo aos policiais;, afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF), Rodrigo Franco. Na próxima segunda-feira, eles farão a devolução simbólica dos veículos em frente ao Palácio do Buriti.
Quanto à entrega das funções comissionadas, a documentação com a oficialização da decisão foi entregue ao GDF. Por causa disso, a categoria exige que o Executivo local publique imediatamente no Diário Oficial do DF as exonerações. Os policiais também pretendem buscar apoio da bancada do DF no Congresso Nacional, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no DF e do Ministério Público. ;Não estamos vendo evolução nas negociações. O nosso objetivo é permanecer com o movimento até a nossa proposta ser atendida. A intenção não é prejudicar a população;, ressaltou Rodrigo.
Conciliação
Os policiais civis revindicam o mesmo reajuste de 37% concedido aos policiais federais ; a matéria tramita no Congresso Nacional. A equiparação não é garantida por lei, mas ocorre há 30 anos. Desde o impasse, a categoria realiza atos para pressionar o GDF. Parou por 48 horas, fez manifestação diante do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha durante o primeiro jogo das Olimpíadas e entregou as funções de confiança. ;Com a saída dos cargos, não ocorrem os desdobramentos das investigações pelo fato de que quem despacha as ocorrências são os delegados-chefes. Isso inviabiliza as ordens e limita a atuação da PCDF. A intenção é permanecer com o movimento até sermos atendidos;, ressaltou o presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepo), Rafael Sampaio.
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