Cidades

Parlamentares defendem ampliação das investigações da CPI da Saúde

Citado nos áudios, ex-secretário da Câmara será convocado

Otávio Augusto
postado em 19/08/2016 07:39
Fábio Gondim chegou a sugerir que sabia do esquema de propina

O tumulto causado pelo vazamento de gravações feitas pela deputada Liliane Roriz (PTB), que apontam suposto pagamento de propina com R$ 30 milhões de sobras orçamentárias, mudou o rumo da CPI da Saúde. Integrantes da comissão sustentaram que o foco das investigações continuaria a ser o teor dos áudios divulgados, no início do mês, pela presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (SindSaúde), Marli Rodrigues. Parlamentares, porém, decidiram convocar para depor o ex-secretário geral da Câmara Legislativa Valério Neves, citado pela presidente da Casa, Celina Leão, nas conversas com Liliane. A troca de viés ficou explícita nas perguntas feitas na sessão de ontem, que teve o depoimento do ex-secretário de Saúde Fábio Gondim.

[SAIBAMAIS]No começo da manhã, a confusão era tamanha que os parlamentares sequer tinham confirmado a acareação ; Gondim esperou pelo menos uma hora e meia para ser ouvido. Hoje, é a vez do ex-subsecretário de Administração Geral Marcello Nóbrega falar aos distritais. Na próxima quarta-feira, o ex-subsecretário de Logística e Infraestrutura Marcos Júnior comparecerá à Casa (leia quadro). Nas conversas gravadas por Marli, Marcello Nóbrega, hoje subsecretário de Logística e Infraestrutura da Secretaria de Saúde, é acusado de rasgar o documento de empenho para a compra dos marcapassos. Já Marcos Júnior passou a centralizar a crise ao detalhar o esquema das UTIs e citar Robério Negreiros (PSDB), Cristiano Araújo (PSD), o ex-diretor do Fundo de Saúde do DF Ricardo Cardoso e o Hospital Santa Marta. Ele comemorou a liberação do dinheiro. ;Mesmo assim, com altos e baixos, eles conseguiram fechar esse pagamento;, diz nos áudios. Segundo ele, Ricardo e Cristiano teriam celebrado a liberação em um cabaré, em São Paulo.



No fim da noite de ontem, a CPI da Saúde pediu a quebra do sigilo bancário de instituições hospitalares que têm contrato com o governo para a oferta de serviços de UTI. São alvos do pedido os hospitais Home, São Francisco, São Mateus, Santa Marta, Intensicare e Instituto de Cardiologia do DF. Os sócios das instituições também poderão ter o sigilo aberto. O Ministério Público de Contas (MPC/DF) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) expediram ofícios conjuntos cobrando providências dos titulares da Casa Civil e da Secretaria de Planejamento (Seplag) sobre a denúncia de extorsão de que Marli teria sido vítima.

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