Após uma reunião com representantes de grupos pró e contrários ao impeachment, a Secretária de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) definiu o esquema tático para garantir a ordem na Esplanada dos Ministérios durante os dias de julgamento no Senado. Ao todo, são esperadas cerca de 60 mil pessoas a partir da próxima segunda-feira (29/8), dia em que a presidente afastada apresentará sua defesa na Casa. A sessão de julgamento do processo contra Dilma se inicia amanhã as 9 horas.
Desde ontem (23/8) um novo muro divide a zona central de Brasília. O lado direito da Esplanada, no sentido Congresso Nacional, estará destinado aos manifestantes que apoiam o impeachment, estes poderão se concentrar no Museu Nacional. Os defensores da presidente afastada deverão se concentrar no Teatro Nacional e acompanhar o julgamento do lado esquerdo da área. Sobre a nova divisão, a secretária Márcia de Alencar comentou ;é necessário para garantir a livre manifestação com a preservação das pessoas e a preservação do patrimônio;. A secretária também afirmou que não será permitido o consumo de bebidas alcoólicas na área e nem o porte de bonecos infláveis e bandeiras que estamparem personagens ícones do processo, como o juiz federal Sérgio Moro e o ex-presidente Lula. De acordo com Márcia, a medida também é uma forma de evitar provocações entre os grupos. ;Este é um momento final de uma situação histórica e inédita;, concluiu.
A partir de amanhã, 364 policiais militares irão garantir o perímetro na área, o número deve ser mantido durante os dois dias de oitivas no Senado. O trânsito nas Avenidas S1 e N1 será interrompido a partir da 0 horas da próxima segunda-feira (29/8) e deverá permanecer assim até o fim do julgamento. Para a próxima semana, o efetivo da polícia militar na Esplanada será de 1.332 agentes. A secretaria ainda afirma que este efetivo pode ultrapassar os 2.000 agentes até o final do processo.
Além dos militares, oficiais do Corpo de Bombeiros e da Polícia Legislativa estarão em cooperação com os militares. A secretária Márcia também declarou que a Polícia Civil, em greve há 20 dias, estará a disposição do governo nos dias de sessão. ;Em momento nenhum deixamos de contar com a Polícia Civil;, completou.