postado em 28/08/2016 08:10
É provável que alguém sem nenhuma restrição alimentar elogie as opções gastronômicas de Brasília. Por ser uma cidade com tantas referências culinárias ; do Brasil e do exterior ;, há sempre como encontrar algo que satisfaça a barriga e o bolso. Mas os destaques ficam bem menos evidentes àqueles que dependem de uma dieta limitada. ;Eu não conheço lugar algum em Brasília no qual um celíaco possa comer 100% tranquilo. Estamos ainda muito longe de termos empresários com essa consciência;, lamenta o presidente da Associação dos Celíacos de Brasília (Acelbra-DF), Paulo Roberto Ferreira da Silva.
Esse problema específico de saúde, desencadeado pela ingestão de glúten, é um dos mais restritivos, pois a quantidade de alimentos que contêm a substância é grande. E, pior, mesmo pequenos traços podem causar incômodos. ;Até uma batata frita. Se pelo óleo usado para fritá-la tiver passado algo com farinha de trigo, pode trazer reações;, alerta Paulo Roberto. Ele lembra que, só na associação, são 800 pessoas, e o nicho não precisa ser apenas de celíacos. ;Temos um universo bem maior. São diabéticos, que têm intolerância à lactose. É preciso que haja maior conscientização sobre esses problemas e mais locais que vendam o que podemos comer;, completa.
Quando restringir o cardápio faz parte de uma decisão, as escolhas são menos arriscadas, mas nem por isso simples. O chef Eduardo Soares da Costa é vegetariano e reclama que um dos principais problemas das opções sem carne dos restaurantes é que elas mantêm o mesmo preço daquelas com proteína animal. ;Já paguei R$ 70 em prato de macarrão ao molho vermelho com queijo porque era o único prato vegetariano no restaurante. Sendo que, normalmente, ele era servido com um medalhão de filé;, queixa-se.
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