Em 19 de maio, o Tribunal de Justiça de Goiás acatou denúncia movida pelo Ministério Público do estado que pedia a prisão preventiva do ex-marido da vítima. O processo traz a informação de que ele havia sido preso em flagrante, em 8 de março, por violência doméstica, mas foi solto após pagamento de fiança. No texto, consta ainda que, no dia em que foi solto, o ex-companheiro ameaçou novamente Milena. ;Após ter saído de casa, o denunciado continua importunando a vítima e ameaçando-a de morte;, diz trecho do processo do TJGO.
De acordo com a 1; Delegacia de Polícia de Águas Lindas, agentes estão na rua em busca de informações que possam levar ao autor do crime. ;Estamos atrás do suspeito, mas ainda não podemos confirmar que o culpado seja o ex-marido. Os corpos foram carbonizados, precisamos saber, inclusive, como foram mortos;, afirmou o delegado Renato Sampaio Cavalheiro.
Luto
A escola municipal Emília Ferreira de Souza, onde as duas vítimas trabalhavam, fica a menos de 1 km da casa onde ocorreu o crime. Milena era coordenadora pedagógica e o colega, professor na unidade de ensino. Familiares dele foram até o local e reconheceram o carro como sendo do irmão. Uma calça jeans também foi encontrada e seria a mesma usada pelo docente. A reportagem não conseguiu contato com a família do docente. Uma faixa preta em luto foi colada no portão principal da escola.
;Ela era uma pessoa muito alegre, mesmo diante do que sofria em casa. Foi uma covardia. Não deu nenhuma chance de defesa. A nossa família vivia com medo de ele (o ex-marido) fazer algo com ela;, declarou a tia de Milena, a servidora pública Gisa Maria Gama, 48 anos. ;As brigas sempre aconteciam. Foram várias separações e essa foi a última. Eu espero que ele seja preso, porque ele não só matou a Milena, ele destruiu a vida das próprias filhas. Elas vão precisar de acompanhamento, porque ficaram sem mãe;, completou. Milena deixa duas filhas, de 15 e de 12 anos. As meninas não estavam em casa na hora do crime.