Otávio Augusto
postado em 29/08/2016 06:10
O maior escândalo político desde a Operação Caixa de Pandora, em 2009, envolve um setor severamente comprometido na área da saúde. O governo disponibiliza 364 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). Porém, a estrutura é insuficiente e obriga o Executivo local a contratar mais vagas. São 38 leitos alugados da rede particular. Entre 2014 e o ano passado, a pasta desembolsou R$ 196,3 milhões para o pagamento de seis empresas conveniadas. Os débitos remanescentes desse período somam ainda R$ 36, 8 milhões.
O Ministério Público e a Polícia Civil investigam a suposta fraude no pagamento dos serviços de UTI, com a Operação Drácon. O esquema envolve cinco deputados distritais que cobrariam propina de empresários, segundo conversas gravadas pela deputada Liliane Roriz (PTB). Os parlamentares destinaram R$ 31 milhões em créditos orçamentários da Câmara Legislativa para a quitação dessas dívidas no ano passado. Em troca, pediam de 5% a 10% do valor repassado, de acordo com as investigações. O escândalo levou ao afastamento de toda a Mesa Diretora da Câmara, inclusive a presidente da Casa, Celina Leão (PPS). O MP também vai apurar negociação semelhante em emendas destinadas à Polícia Militar no valor de R$ 19 milhões para o custeio de assistência médica e odontológica.
O colapso no setor degringola de tal modo que, na sexta-feira, os 10 hospitais da rede pública que dispõem de UTI estavam com vagas bloqueadas. Em todo o DF, são 100 leitos sem utilização ; 27,4% do total ;, segundo relatório da Secretaria de Saúde, atualizado às 8h59 de sexta-feira. O motivo mais citado para a obstrução é ;incapacidade de recursos humanos;, ;manutenção; e a reserva de ;leitos extras;.
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