O Ministério Público do Distrito federal e Territórios (MPDFT) registrou, de janeiro a agosto deste ano, 100 denúncias de racismo ou injúria racial. As ocorrências estão concentradas no Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED). Em oito meses o órgão bateu o recorde de queixas. Nos 12 meses de 2015, ano com maior número de registros, foram 91, nove a menos. A quantidade de casos que chegam ao MPDFT aumentou nos últimos três anos: em 2014, foram 97.
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Para o promotor de Justiça Thiago Pierobom, coordenador do NED, esse aumento se deve à maior compreensão das pessoas sobre a gravidade desses crimes. ;No passado, a discriminação era socialmente tolerada. Hoje, vivemos numa sociedade inclusiva que não aceita mais esses atos de discriminação. A especialização do NED no MPDFT e a recente criação de delegacia especializada pela Polícia Civil do Distrito Federal favorecem o aumento do número de casos;, explicou.
Casos
O 100; registro foi um caso de injúria racial em Ceilândia. A acusada teria ofendido o sobrinho, de 9 anos, usando a expressão ;neguinho do cabelo duro;. Em setembro, o Ned registrou outros dois casos de preconceito. O primeiro, de injúria discriminatória contra nordestinos, o acusado é um taxista. Ele teria seguido um veículo que oferece serviços pelo aplicativo Uber. Os ocupantes do carro perceberam que estavam sendo seguidos e pediram ajuda a uma equipe da Polícia Militar. Os policiais abordaram o acusado. O acusado respondeu, referindo-se aos passageiros do aplicativo: ;Errado são vocês nordestinos que atrasam o Brasil;.
O segundo caso é de crime de discriminação religiosa. Um portal de notícias divulgou reportagem sobre ato de vandalismo praticado contra uma mesquita em Brasília. O acusado publicou um comentário no portal em que dizia: ;Deveriam ter ateado fogo explodido tudo por lá, que pena que foi só para bagunçar;.
Com informações do MPDFT.
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Para o promotor de Justiça Thiago Pierobom, coordenador do NED, esse aumento se deve à maior compreensão das pessoas sobre a gravidade desses crimes. ;No passado, a discriminação era socialmente tolerada. Hoje, vivemos numa sociedade inclusiva que não aceita mais esses atos de discriminação. A especialização do NED no MPDFT e a recente criação de delegacia especializada pela Polícia Civil do Distrito Federal favorecem o aumento do número de casos;, explicou.
Casos
O 100; registro foi um caso de injúria racial em Ceilândia. A acusada teria ofendido o sobrinho, de 9 anos, usando a expressão ;neguinho do cabelo duro;. Em setembro, o Ned registrou outros dois casos de preconceito. O primeiro, de injúria discriminatória contra nordestinos, o acusado é um taxista. Ele teria seguido um veículo que oferece serviços pelo aplicativo Uber. Os ocupantes do carro perceberam que estavam sendo seguidos e pediram ajuda a uma equipe da Polícia Militar. Os policiais abordaram o acusado. O acusado respondeu, referindo-se aos passageiros do aplicativo: ;Errado são vocês nordestinos que atrasam o Brasil;.
O segundo caso é de crime de discriminação religiosa. Um portal de notícias divulgou reportagem sobre ato de vandalismo praticado contra uma mesquita em Brasília. O acusado publicou um comentário no portal em que dizia: ;Deveriam ter ateado fogo explodido tudo por lá, que pena que foi só para bagunçar;.
Com informações do MPDFT.