Luiz Calcagno
postado em 09/09/2016 18:50
Estudantes de uma escola particular da Asa Norte denunciaram, por meio das redes sociais, um suposto caso de homofobia cometido pela direção da instituição. A postagem ganhou visibilidade e diversos comentários, até mesmo do próprio colégio. Segundo as publicações, um aluno foi flagrado, do lado de fora do prédio, beijando o namorado, que não estuda no local. Uma mãe teria visto e reclamado com funcionários, que recriminaram o rapaz, exigindo que ele contasse aos pais a orientação sexual. A escola negou que tenha cometido qualquer ato de ofensa contra o estudante.
A atitude causou revolta. Relatos dão conta de que o garoto chorou no intervalo, após o incidente. ;E não é a primeira vez que soubemos de casos como esse na escola;, afirmou um dos estudantes. ;Mexeu com um, mexeu com todos. Quero saber quando é que essa galera vai vir pro século 21, e deixar as pessoas se amarem em paz;, comentou outra.
Em nota, a instituição reforçou que segue um procedimento para lidar com qualquer tipo de relacionamento afetivo entre alunos. No texto, o centro de ensino alega que ;acredita na importância da liberdade de expressão. O colégio esclarece que possui um procedimento padrão quanto a relacionamentos afetivos de seus alunos, ao longo dos seus 32 anos. Reforçamos, ainda, que tal procedimento é seguido, da mesma forma, independentemente do gênero do relacionamento. A instituição repudia qualquer tipo de discriminação e reforça que a missão da escola é, e continuará sendo, focada na formação dos alunos.; Eles negaram, ainda, que os pais do estudante tenham sido avisados.
A atitude causou revolta. Relatos dão conta de que o garoto chorou no intervalo, após o incidente. ;E não é a primeira vez que soubemos de casos como esse na escola;, afirmou um dos estudantes. ;Mexeu com um, mexeu com todos. Quero saber quando é que essa galera vai vir pro século 21, e deixar as pessoas se amarem em paz;, comentou outra.
O Correio conversou com uma amiga do jovem, que não quis se identificar. Ela confirmou que o jovem fora repreendido e que houve, sim, ameaça de que os pais fossem informados. ;Eles falaram que manchava a imagem da escola;, garante. Na página da escola, os estudantes questionaram a instituição, mas não foram respondidos. ;Ligar para os pais de um aluno informando que ele estava se relacionando com alguém do mesmo sexo é extremamente antiético;, postou um rapaz, que destacou que, se verdadeira, a informação poderia causar sérios problemas ao aluno, caso os pais não o aceitassem, inclusive com a expulsão de casa.