postado em 13/09/2016 06:00
O suposto motivo para a morte de Cleonilson Sousa Nicodemos, 34 anos, e Jordana Batalha Monroe, 30, aparece em um bilhete. Dirigido à sogra, o motorista escreveu à mão, no verso de um envelope, que ;fiz isso porque a gente estava infeliz em tudo; (leia Transcrição). Os corpos deles foram encontrados ontem no quarto do casal, em uma residência da QNO 5, em Ceilândia. A dona de casa estava caída ao lado da cama com um pano ao redor do pescoço, e o marido, enforcado, com um pedaço de tecido preso na parede. A 24; Delegacia de Polícia (Setor O) trata o caso como homicídio seguido de suicídio.
Os dois foram vistos pela última vez na última sexta-feira, ao deixarem a filha com parentes. Durante o fim de semana, porém, a família identificou o sumiço. Um irmão de Cleonilson foi até a delegacia no sábado para comunicar o desaparecimento, depois de tentar contato pelo celular. O carro do casal também causou estranheza, pois estava na rua ; o veículo sempre ficava na garagem. Na manhã de ontem, o irmão voltou ao endereço e pediu ajuda a vizinhos. Um deles, policial, acionou a dona da casa onde Cleonilson e Jordana moravam de aluguel e conseguiu uma chave reserva.
Ao entrarem no imóvel, encontraram os corpos. O bilhete deixado fez a polícia desconfiar de que a morte foi combinada entre os dois. Investigadores da 24; DP acreditam que, primeiro, houve a morte da mulher e, em seguida, o suicídio de Cleonilson.
Choque
Maria Cissa Braga, 81, é a proprietária da residência, locada havia cinco meses. O lote é grande, mas uma parede divide os dois endereços. A janela do banheiro da aposentada dá para a da suíte onde o casal dormia. Maria Cissa não notou nada de diferente nos últimos dias. ;É muito perto. Se tivesse acontecido algo, uma briga, eu teria escutado. A minha vida é ficar em casa com a minha família. Nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer;, afirmou.
Ela contou ao Correio que via ambos com frequência, quase sempre com a filha, de aproximadamente 3 anos. ;Vinham pagar o aluguel, ele era trabalhador, a Jordana vinha junto, descia para falar comigo, tudo muito normal. Isso que aconteceu foi uma tragédia, estou em choque;, lamentou Maria Cissa.