Ser diagnosticado com câncer significa o início de uma luta intensa pela vida. Após o primeiro impacto, começa a busca por tratamentos adequados e eficientes. Mas, muitas vezes, eles estão bem distante de casa e da família. Ao observar as dificuldades dessas pessoas, Zoraide Lima Gomes Cauhi, ao lado do marido, Jorge Cauhi, criou o Instituto de Apoio ao Portador de Câncer. O ano era 1997, quando, aos 35 anos, Zoraide foi diagnosticada com câncer de mama. Viu de perto o sofrimento devastador da doença e, após o tratamento, passou a levar lanches, como voluntária, a pacientes que se encontravam em situação similar no Hospital de Base do Distrito Federal.
Foi o primeiro passo para a criação de algo maior: o Instituto de Apoio ao Portador de Câncer (IAPC). Inaugurada em 7 de março de 2000, a Instituição atua há 16 anos no Núcleo Bandeirante e abriga pessoas de diversas regiões do país. Na casa, os residentes recebem cinco refeições diárias, remédio e transporte até o local dos exames. E o principal de tudo: apoio para continuar o tratamento. Para Teresinha Lopes da Silva, 53 anos, ser acolhida pelo lar é uma bênção. ;Se não fosse isso aqui, onde é que eu estaria? Eu não tenho condições de ficar indo e voltando de Goiânia.;
Teresinha é uma dos vários pacientes que deixaram suas cidades, geralmente no interior do Brasil, à procura de tratamento especializado na capital. Em Brasília, a Rede Sarah, o Hospital Universitário de Brasília (HUB) e o Hospital de Base do DF são os principais destinos desses pacientes. Teresinha saiu de Alvorada do Norte, cidade de Goiás, para lutra contra um câncer de mama. Segundo ela, o diagnóstico veio após uma série de exames de rotina feitos em seu estado, mas a demora no diagnóstico interferiu no tratamento. ;Se eu tivesse cuidado na época, não tinha feito a cirurgia de mama;, acredita.
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Radiografia
; Segundo dados apresentados em 27 de novembro de 2015, pelo Instituto Nacional de Câncer, o Inca, estimava-se para este ano aumento de cerca de 596.070 casos. O Instituto também declarou que devido às diferenças culturais e econômicas, os números sofrem variações conforme a região geográfica.
; De acordo com publicação do Correio Braziliense de abril deste ano, a estrutura para o tratamento de câncer em Brasília é a mesma desde o início de 2000. No DF, o câncer é a segunda principal causa de morte, são cerca de 200 casos para cada 100 mil habitantes.
; Segundo a mesma publicação, cerca de 600 pessoas estão na fila de espera de quimioterapia, e 700 na fila de radioterapia.
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