A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o estupro de uma menina de 13 anos, ocorrido na manhã desta terça-feira (20/9). A jovem estava no Parque Ecológico Jequitibás, em Sobradinho, quando foi atacada por um homem. Ela estava na companhia de duas amigas. Ninguém foi preso e os investigadores da PCDF elaboram um retrato falado, de acordo com relato da vítima e de testemunhas.
Ao chegarem no córrego, que fica na área verde do espaço, a vítima e uma das colegas decidiram andar um pouco mais, enquanto a outra decidiu voltar para o área de lazer do parque, deixando as demais seguirem viagem. Durante a caminhada na trilha, a dupla foi perseguida. De acordo com informações da polícia, o homem, que teria entre 30 e 40 anos, é de estatura baixa, tem traços indígenas e vestia blusa preta, calça jeans, jaqueta marrom e boné cinza no momento do crime.
Percebendo o risco que corriam, as garotas começaram a correr, mas a vítima foi alcançada pelo agressor. "Ele pediu que ela entregasse o celular e ela deu para ele. Em seguida, ordenou que ela abaixasse as calças e praticou o ato libidinoso", conta o delegado-chefe da 13; Delegacia de Polícia (Sobradinho), André Victor do Espírito Santo.
Socorro
O vigilante do parque, Adenor Ferreira, foi quem chamou a polícia ao ficar sabendo do crime. Assustada, a menina que conseguiu fugir do maníaco foi à guarita de segurança do local e pediu por socorro. "Ela veio falar sobre o ocorrido, mas a amiga já vinha logo atrás. Ela estava em estado de choque e não lembrava o número dos pais", detalha Adenor. "Um homem passava pelo local viu o ato. Ao se aproximar, o suspeito correu para dentro da mata. Foi este homem quem deu a primeira descrição, das roupas e fisionomia, à polícia;, conclui Ferreira.
Investigação
Os homens da 13; DP reforçaram o patrulhamento na região em busca do acusado. A menina foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML), onde foi feito o exame de corpo de delito. "A vítima e a testemunha vieram à delegacia fazer o retrato falado. Quando pronto, vamos avaliar as duas versões para cruzarmos informações. Já temos ideias de suspeitos que foram apontados por moradores da cidade, que condizem com as informações prévias da fisionomia do criminoso;, afirma André Victor. %u200B
Falta de policiamento
O Parque Ecológico Jequitibás conta apenas com os seguranças e vigias que ficam na guarita, na área de lazer do local. Nas trilhas, por dentro da mata do espaço, não há quem faça a guarda, que a priori, era realizada pela Polícia Ambiental.
"Falta policiamento, porque só ficamos na área de lazer do parque. Antes havia rondas nas matas, mas, desde que a Polícia Ambiental saiu daqui, não acontece mais. Nós aconselhamos as pessoas que não entrem na mata desacompanhadas, mas não adianta muito", explica o vigilante Edvan Gomes.
O Correio procurou o porta-voz da Polícia Ambiental do DF para comentar o caso, mas, até o fechamento desta reportagem, ninguém havia se pronunciado.