No interior da casa, o jovem estava ensanguentado e o policial repetia que mataria todos os jovens, inclusive a professora. ;Vou matar mesmo. Nem sei porque ainda não matei esse filho da p...;, teria dito o policial. O filho dela teria levado tapas, socos e coronhadas na cabeça e pelo corpo. A professora informa que pediu perdão ao policial, mesmo sem saber o que teria acontecido, e reforçou que só queria ir embora com o garoto. Até o momento, ela garante que não sabe os motivos da agressão.
A mãe afirma que se sentiu coagida durante os 35 minutos que esteve na casa do vizinho. ;Se quiser ir fazer um boletim de ocorrência, pode ir. Vamos lá, sou policial civil;, teria ameaçado o homem. Ao sair da casa do vizinho, a professora realizou um boletim de ocorrência na 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), na própria noite de sexta. Nesse sábado, ela foi até o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pedir que providências sejam tomadas. ;Estou fora de casa desde ontem. Não tenho coragem de voltar. Estou apavorada;, lamentou.
A família da vítima mora em Vicente Pires há apenas cinco meses, mas não pretende voltar à residência. ;Vou tirar os meus filhos da escola, pedir afastamento do trabalho. Fui colocada para fora de casa;, indignou-se.
A Divisão de Comunicação da Polícia Civil informou que a situação envolve uma questão familiar. ;A conduta do policial será apurada pela Corregedoria da Polícia Civil e as atitudes dos jovens serão apuradas pela Delegacia da Criança e do Adolescente;, informou o diretor da Divisão de Comunicação (Divicom), Miguel Lucena. De acordo com a PC, o agente não tem histórico de violência. Procurado, o policial disse apenas que não tem autorização para dar nenhuma versão.