Cidades

Pais buscam atividades diversificadas no afã de estimular talento de filhos

No entanto, aulas como música e natação devem ser encaradas como formas lúdicas de desenvolvimento e de interação

postado em 25/09/2016 08:00
Úrsula Valderato e Rodrigo Maia notaram o interesse de Alexandre, 9 meses,  pela música. Decidaram, então, fazer aula em família

Aulas de natação, música e psicomotricidade ; a capacidade de determinar e coordenar mentalmente os movimentos corporais ; compõem o currículo de uma nova geração de bebês de até 6 meses de vida. As atividades são oferecidas em várias academias da cidade, entretanto, alguns especialistas questionam a importância dessas práticas para o desenvolvimento das crianças.

Uma das referências em Brasília é o Programa Dani Rico. Criado há 16 anos pela educadora física de mesmo nome, as atividades são direcionadas para cada fase específica da mãe e da criança. O Programa Mamãe Bebê atende crianças de 3 a 9 meses, e tem como objetivo estimular os aspectos físicos, cognitivos e sociais dos pequenos alunos.

[VIDEO1]

;Inicialmente, trabalhava apenas com as gestantes. Depois de um tempo, percebi que elas se sentiam um pouco abandonadas no pós-parto. A partir disso, montei um programa que oferecesse total suporte para elas;, diz a especialista em atividades físicas para gestantes, pós-parto e bebê. Hoje, ela conta com uma equipe de 34 profissionais e tem 600 alunas ativas ; em média, 100 por academia.



Dani, como é conhecida, pensou em atividades específicas nas quais as mães pudessem estimular os filhos da maneira correta. Os bebês desenvolvem os estímulos motores, aprendem a se virar de um lado para o outro, fazem exercícios para fortalecer o abdômen ; assim fica mais fácil de se levantarem e interagirem com brinquedos. Todos os sentidos da criança são trabalhados. ;Ao entrar na creche, esse bebê estará naturalmente mais preparado pelas vivências que já teve;, explica a professora.

Daniela afirma que os encontros são importantes também para as mães, por serem uma oportunidade de socialização com outras mulheres que estão passando pela mesma experiência. ;Isso é algo que faz muita diferença e pode transformar o pós-parto em um momento ainda mais prazeroso;, destaca. Entre as vantagens, ela ressalta a prevenção de depressão pós-parto e o aumento de vínculo de mãe e filho.

A servidora pública Giselle Arrais, 35 anos, aderiu à prática de exercícios para gestantes após o nascimento do primeiro filho, há dois anos. Os encontros foram importantes para ajudá-la a enfrentar a depressão que bateu depois da chegada do bebê. Quando a segunda filha, Manuela, nasceu, não teve dúvidas. Assim que a pequena completou 3 meses, se matriculou novamente. ;No período inicial, acho a maternidade muito solitária. Então, as aulas são uma distração para a mãe e para o bebê. Aqui, fiz amigas e temos um vínculo muito forte;, relata. Na piscina, com sua filha no colo, ela afirma, com convicção, que, sem a prática de atividades, estaria mais suscetível à tristeza.

Já Úrsula Valderato, 34, e Rodrigo Maia, 35, optaram por praticar com o filho, Alexandre, 9 meses, atividades de iniciação musical. Desde cedo, percebiam o interesse do menino pelos sons e pelos barulhos. Há aproximadamente dois meses, participam juntos dos encontros semanais de musicalização, que acontecem no condomínio em que moram. São 50 minutos de estimulação por meio de sons. Para cada momento da aula, há uma música específica. A mãe comenta que percebeu progresso no desenvolvimento do filho no último mês. ;Antes, ele só se arrastava, agora, já sabe engatinhar. E ele está tentando falar mais;, constata.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação