postado em 26/09/2016 06:02
Uma sala de 12 metros quadrados vai virar palco para criações de um novo mundo. Lá, caberão um universo colorido e histórias inventadas de como poderia ser a vida. Haverá meninas de cabelo colorido, bichos esquisitos, criaturas incomuns, heróis e heroínas. O lápis de cor dará vida a personagens, inventará arco-íris e tentará reproduzir outras versões da realidade. Além de um mundo lúdico, o espaço que fica no Conselho Tutelar do Sudoeste e da Octogonal será uma brinquedoteca.
Antes, o local era o antigo ambiente de trabalho de cinco conselheiros tutelares. Em 19 de outubro, os servidores querem inaugurar a sala especial para crianças e adolescentes, que deveria existir desde a criação do órgão. O conselheiro Fernando Moura conta que há grande expectativa com a novidade. No dia, eles pretendem promover ações especiais para toda a comunidade.
A brinquedoteca faz parte do que a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SDH), vinculada ao Ministério da Justiça e da Cidadania, chama de projeto base dos Conselhos Tutelares, e a responsabilidade de cumpri-lo é da Secretaria da Criança. Mas não é assim que as coisas estão acontecendo. A iniciativa veio dos próprios conselheiros, que viram a necessidade de se criar um lugar especial para aqueles que recebem assistência, segundo Fernando.
A conselheira Ana Luiza Passos conta que, há dois anos, esperam-se medidas da Secretaria da Criança para deixar o Conselho Tutelar da região próximo do programa definido pela SDH. Antes de o administrador Reginaldo Rocha assumir a função, não havia sala disponível para a iniciativa, pois a entidade fica no prédio da Administração Regional do Sudoeste. Crianças e adolescentes que acompanhavam os pais ficavam em um corredor, sentadas no chão e na companhia de um conselheiro tutelar. ;Nós dávamos um desenho e lápis de cor para as crianças se distraírem. Elas esperavam cerca de 1 hora e não se tinha estrutura nenhuma para recebê-las;, contou Ana Luiza.
Doações
Foi, então, negociada, pela Secretaria da Criança e pelos próprios conselheiros, o espaço infanto-juvenil. Fernando e Ana Luiza acreditam que o novo lugar aliviará a tensão de quem chega ao local por causa das mais variadas situações, muitas vezes conflituosas. Com a concessão da sala, foi possível realizar o sonho. Desde o mês passado, os conselheiros aceitam qualquer tipo de doação, como bonecas, carrinhos, tamboretes, tapetes emborrachados, quadro-negro, canetinhas, lápis, persianas, tintas coloridas e tudo que deixe o ambiente mais infantil e aconchegante (veja Ajude). A maior necessidade é de estantes e mesas com cadeiras especiais, além de brinquedos mais voltados para meninos. Fernando imagina, ainda, a possibilidade de dar um brinquedo para cada criança. Ele considera essa possibilidade pensando em pequenos menos abastados.
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