O Hospital Daher foi o principal alvo da segunda fase da operação Mister Hyde, deflagrada na manhã desta quinta-feira (6/10). A operação contra a chamada Máfia das Próteses é feita pela Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Investigadores passaram um pente-fino na unidade particular de saúde, que fica no Lago Sul e atende a classe alta da capital federal.
Na nova etapa, agentes da segurança pública cumpriram sete mandados de condução coercitiva, e cinco de busca e apreensão. A segunda fase da investigação apura propinas pagas aos médicos em cirurgias com a utilização de órteses, próteses e materiais especiais (Opmes) abaixo da qualidade ou vencidas, comprados de empresas específicas, visando ganhos ilegais, além da lavagem de dinheiro feita pela organização criminosa.
Investigadores da Polícia Civil passaram parte da manhã no hospital. Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, estiveram no pronto-socorro da unidade e pelo centro de estudos do local. Agentes retiraram computadores e caixas com documentos da unidade médica. Todo material foi colocado dentro de um veículo da corporação.
Ao todo, quatro carros da Polícia Civil deixaram o local. Dois deles levavam, no porta-malas documentos recolhidos do hospital. As identificações das caixas retiradas indicavam se tratar de despesas médicas. Policiais continuam no local. Os investigadores não estão falando com a imprensa.
A assessoria de imprensa do Daher informou, por meio de nota, que o estabelecimento não foi avisado ou previamente do teor da visita. ;(...) estamos colaborando ativamente com as solicitações realizadas. Tão logo tenhamos informações oficiais sobre o teor das investigações, informaremos de forma ampla à imprensa;, disseram.