Jornal Correio Braziliense

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Policial federal que matou homem em barco no lago continua trabalhando

Ricardo Matias Rodrigues, 44 anos, trabalha no edifício sede do Departamento de Polícia Federal, no Setor de Autarquias Sul, conhecido como Máscara Negra. A PF informou que vai instaurar processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do agente

Cláudio Müller deixou a mulher, Valderly da Silva Feitosa, 30, com quem era casado há 13 anos, uma filha de 9 anos e outra de 20. Esta última de um casamento anterior. O corpo dele começou a ser velado na capela 3 do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. O enterro está marcado para às 17h. No perfil da vítima nas redes sociais ele se descreve como ;trabalhador, esposo e pai de duas princesas;.

Em conversa por telefone com a reportagem do Correio neste domingo (9/10), Vanderly desabafou. ;É um absurdo acontecer isso em uma festa que só tem família. Ele era uma pessoa do bem, um pai de família, trabalhador e cheio de sonhos e expectativas. Faltavam só dois anos para ele se aposentar. Estávamos cheios de planos;, recordou. A festa de aniversário de três amigas aconteceu no barco Lake Palace, ancorado no píer do Motonáutica.

O evento transcorreu normalmente e os convidados começavam a ir embora quando a confusão começou. Vanderly contou, em depoimento, que foi ao banheiro no fim da festa e, ao sair, uma das aniversariantes a agrediu com três tapas na cara e palavras de baixo calão. Ela contou para Cláudio, que foi tirar satisfação. Fábio apoiou o amigo. O policial federal contou em depoimento que a mulher, Renata de Andrade Silva, era promoter da festa, e tentou intervir na briga entre os dois homens e a aniversariante. Na versão de Ricardo, a dupla passou a agredi-la e ele decidiu sacar a arma. Nesse momento, eles teriam investido contra o policial, que disparou.