postado em 19/10/2016 13:14
As outras sete pessoas presas pela Polícia Civil na terceira fase da Operação Revés são ligadas as empresas que integravam um segundo núcleo dentro do esquema de fraudes contra o Banco Regional de Brasília (BRB). As investigações apontam que os estabelecimentos pagaram de forma antecipada valores devidos a fornecedores. Somente eles, foram responsáveis pelo rombo ao menos de R$1 milhão dentro da estrutura que gerou um total de R$3,8 milhões de prejuízo à instituição financeira.
A Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) responsável pelas investigações estima que ao menos 53 pessoas participaram do esquema. As prisões dos sócios da empresas Gama Autocenter, Ferragens Guarani e De Gata Calçados, todas localizadas no Gama, ocorreram na tarde desta terça-feira. Dentro da estrutura, os donos dos estabelecimentos anteciparam pagamentos a fornecedores, seja de forma parcelada ou com adicional de juros. Isso em até seis meses. ;Em um momento de crise em que o país vive, isso é algo suspeito. Os repasses eram feitos de maneira online na conveniência usada na fraude, porém o valor não era recolhido. Assim a instituição financeira arcava com o prejuízo;, detalhou o chefe da DRF, Fernando César.
A fraude ocorreu em um posto de conveniência bancária do BRB em uma loja denominada Gama Latas. As investigações apontam que o esquema inicialmente funcionou da seguinte forma: um funcionário fantasma, que utilizava o registro civil de uma vítima de roubo, autorizava as transações irregulares no correspondente bancário. Ele fez 22 depósitos para diferentes empresas e pessoas físicas, em um total de R$ 102.100. Além disso, pagou, com recursos do BRB, boletos falsos em benefício de várias empresas, entre as quais postos de combustíveis, distribuidora de alimentos, companhia de serviços aeroportuários de transporte e agências de turismo. A DRF contabilizou R$ 3,38 milhões em pagamentos.
A primeira fase e segunda fase da operação Revés foram deflagradas entre 4 e 13 de outubro. Na ocasião, os agentes cumpriram 37 mandados de prisão de pessoas com envolvimento no esquema. Dessas quatro permanecem presas: O empresário Ramon Carvalho Maurício, dono da conveniência, Lívia Dantas Maurício, Letícia Dantas Maurício (filhas de Ramon) e Gabriel Maurício Martins (marido de Letícia). A Polícia ainda procura três foragidos: Os irmãos Daniel Maurício Martins e Lourenço Maurício Mantis (sobrinhos de Ramon) e Ramon Carvalho Maurício Filho. Os dois primeiros realizaram o treinamento de um funcionário fantasma para operar o esquema.