Otávio Augusto
postado em 20/10/2016 06:05
Pela segunda vez na semana, os policiais civis realizam paralisação total das atividades por 24 horas. A suspensão começa às 8h de hoje. Às 14h, haverá assembleia na sede da Polícia Civil. Além disso, ontem, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (SindSaúde) decidiu pela greve geral em resposta ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que descartou a possibilidade de pagar a última parcela do reajuste salarial, aprovado em 2013. O assunto, pelo segundo ano consecutivo, é combustível para desentendimentos. A intenção é agrupar todas as categorias do funcionalismo público em uma ação unificada.
A derrubada do decreto antigreve na última terça-feira deu o tom dos movimentos sindicais. O texto garantia instauração de processos administrativos, descontos na folha de pagamento e até demissão de servidores públicos que aderissem às paralisações. Na Câmara Legislativa, 17 parlamentares votaram contra a medida de Rollemberg. Com faixas e cartazes, mais de 200 servidores participaram da assembleia do SindSaúde, na qual comemoraram a vitória no Legislativo. O ato, organizado pela presidente da entidade, Marli Rodrigues, definiu os próximos passos da campanha: paralisação e ato unificado na próxima quarta-feira, na Praça do Buriti, além de greve geral em 3 de novembro.
Dessa forma, a queda de braço entre governo e servidores fica ainda mais tensa. Na próxima segunda-feira, por exemplo, os enfermeiros cruzarão os braços.
Quanto à Polícia Civil, a estagnação das negociações com o Palácio do Buriti por novo reajuste irrita delegados e policiais civis, que ameaçam endurecer a postura contra o Executivo local. Eles lutam pela manutenção da isonomia com a Polícia Federal, além da reestruturação da carreira. ;O que nós queremos com essa emenda é levantar o debate político, pois somos a única categoria que ficou sem reajuste;, defendeu o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco. O Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran) fechou na terça-feira todos os postos do órgão em retaliação ao governo. Eles acusam Rollemberg de aplicar um ;calote;. Os funcionários estiveram nos locais de trabalho, mas não desempenharam nenhuma atividade. Além disso, a greve dos agentes penitenciários suspende as visitas na Papuda até hoje.
Agenda
Os movimentos sindicais organizaram a pauta até pelo menos a primeira semana de novembro. Até lá, estão previstas paralisações, encontros e manifestações. No próximo dia 25, o Sindicato dos Agentes Penitenciários definirá a estratégia de greve. Em 10 de novembro, é a vez de o Sindicato dos Professores realizar uma assembleia geral na Praça do Buriti. Um ato unificado entre 32 categorias está previsto para a próxima quarta-feira. Em primeiro de novembro, o Sindetran volta a se reunir. O calendário sindical aponta para greve geral em 3 de novembro.
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