Adriana Izel
postado em 23/10/2016 20:48
O policial militar de Goiás Yuri Rafael Rodrigues da Silva Miranda, suspeito da morte do segurança Kássio Enrique Ribeiro de Souza na manhã deste domingo (23/10) no Gama, já tinha outras acusações criminais em sua ficha.
[SAIBAMAIS]Em 2014, ele foi denunciado com mais quatro colegas do 19; Batalhão de Polícia Militar goiano pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por abuso de autoridade e agressão a três mulheres, as quais os policiais queriam informações sobre o paradeiro de um suposto autor de um crime no município. O caso aconteceu em 10 de julho de 2013 em uma residência na Quadra 164, no Setor Pacaembu, no Novo Gama, em Goiás. Na denúncia, o promotor de justiça Daniel Naiff da Fonseca pedia a suspensão do policial e dos colegas.
No documento do MPGO, Yuri Rafael é acusado de abuso de autoridade, por violação de domicílio, e ainda tortura, assim como os outros quatro colegas. Ainda, de acordo com o MPGO, as mulheres receberam tapas, socos, tiveram as cabeças golpeadas no muro da casa e chegaram a ser ameaçadas pelos policiais de violência sexual e prisão na condição de cúmplices do suspeito.
Assassinato no Gama
Yuri Rafael Rodrigues da Silva Miranda atirou sete vezes em direção ao segurança Kássio Enrique Ribeiro de Souza, 26 anos, durante uma festa na Quadra 50 do Setor Leste do Gama, na Mansão Millenium. A vítima morreu no local do crime. De acordo com informações da Polícia Civil, o autor dos disparos se entregou espontaneamente após o crime e foi liberado depois de prestar depoimento. Os tiros teriam sido causados por uma discussão na porta da boate.
Não é a primeira vez que um crime ocorre na casa de eventos. Em 2012, um adolescente de 16 anos foi assassinado com tiro na cabeça dentro de uma festa no local. Na ocasião, cerca de 600 pessoas participavam do evento.