A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra o policial federal Ricardo Matias Rodrigues, acusado de homicídio duplamente qualificado. Em 9 de outubro, ele estava em uma festa num barco no Lago Paranoá, quando atirou em Cláudio Miller Moreira, 47 anos, que morreu. Os disparos também atingiram Fábio Cunha, 37, que precisou ser operado. Para o MPDFT, o crime foi cometido por motivo fútil e com emprego de recurso que dificultou defesa das vítimas.
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A acusação foi aceita após denúncia da 1; Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília contra o policial. O inquérito policial ainda não foi concluído, no entanto, a promotoria explicou que o Ministério Público não precisa do inquérito para apresentar a ação. Nesse caso, a denúncia teve como base o procedimento de investigação criminal do próprio MPDFT.
Relembre o caso
[SAIBAMAIS] Durante uma festa no barco Lake Palace, no Lago Paranoá, houve um desentendimento entre uma mulher e a aniversariante. A esposa do policial federal, promoter da festa, tentou acalmar os ânimos, mas, na confusão, foi empurrada. O agente estava armado e resolveu intervir na discussão. Sacou a pistola e feriu Fábio Cunha e Cláudio Miller Moreira, que morreu. O policial federal se apresentou à polícia alegando ter agido em legítima defesa.Ele informou, ainda, que deu mais de uma ordem para que Cláudio e Fábio não se aproximassem e, diante da insistência, teria efetuado os disparos, que acertaram as vítimas na região do abdômen. No depoimento, Ricardo confirma a versão da mulher. Disse que, em certo momento, percebeu que ocorrera uma pequena confusão no meio da festa e que um grupo havia deixado o barco.