Isa Stacciarini
postado em 27/10/2016 06:00
A crise na segurança pública do Distrito Federal escancara a sensibilidade de uma área que há muito tempo tem desafiado o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). A sondagem do chefe do Executivo local ao ex-titular da pasta no Rio de Janeiro José Mariano Beltrame para assumir o cargo aumentou a pressão de alguns policiais civis e militares, que, insatisfeitos com o comando de Márcia de Alencar, cobram uma troca. Nos bastidores, a avaliação é que o futuro gestor, antes de ser técnico ou operacional, precisa de um bom trânsito político entre os diversos setores.
A procura pelo ex-secretário do Rio de Janeiro também ocorre em um momento de sucessivas paralisações de policiais civis e agentes de atividades penitenciárias (leia Entenda o caso). O mais recente caso veio à tona nessa quinta-feira (27/10). A carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) ficou superlotada após agentes de atividades penitenciárias grevistas se recusarem a receber 97 presos na terça-feira. O espaço, que comporta 150 detentos, abrigava, pela manhã, 243. Em meio a esse cenário, um princípio de confusão foi registrado na madrugada e mobilizou a Divisão de Operações Especiais (DOE). Dois presos agrediram outro em uma das celas do local destinado a detidos provisoriamente.
À tarde, um esquema de segurança foi montado entre as forças policiais para garantir a transferência de 166 presos ao Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário da Papuda. O Batalhão de Choque da PM (BPChoque) e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) estiveram posicionados para garantir o cumprimento da determinação judicial que obriga o encaminhamento dos encarcerados, expedida pela Vara de Execuções Penais. A medida foi uma forma de impedir que os agentes de atividades penitenciárias grevistas se recusassem a recebê-los.
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