Jornal Correio Braziliense

Cidades

Motoristas de transporte escolar protestam em frente ao Buriti

A categoria está em greve desde segunda-feira (31/10), em razão de atrasos no pagamento dos salários. Segundo associação, dívida total passa de R$ 29 milhões

Na tarde desta quinta-feira (3/11), trabalhadores das 11 empresas de transporte escolar que não receberam o pagamento fizeram uma manifestação em frente ao Palácio do Buriti e seguiram em protesto até a Câmara Legislativa do DF. De acordo com a Polícia Militar, eram cerca de 250 manifestantes, que chegaram a bloquear o trânsito no Eixo Monumental. Desde a última segunda-feira (31/10), motoristas e monitores terceirizados estão em greve por causa do atraso dos salários.
O governo está inadimplente com as empresas desde 2014. A dívida total passa dos R$ 29 milhões, de acordo com a Associação das Empresas de Transporte Escolar de Brasília. Também de acordo com a entidade, a ausência do serviço afeta aproximadamente 600 escolas da rede Pública do DF.
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Ricardo Santos Spagiari, 34 anos, atua na área há oito anos e tem consciência do transtorno que a paralisação trouxe para crianças e adolescentes da rede pública. ;Eu atuo na área rural do Distrito Federal e em locais mais afastados do centro. Sem o transporte, esses estudantes não conseguem chegar às suas escolas. Nós entendemos e nos preocupamos. Mas, infelizmente, chegamos ao fundo do poço não temos mais dinheiro para nada; afirma o motorista.
Arlene Moraes, 36 anos, tem dois filhos e é monitora de uma das empresas de transporte escolar que prestam serviço para o Governo do Distrito Federal. Ela não recebe há cinco meses e está com contas atrasadas. Mais de 2,5 mil funcionários estão na mesma situação, segundo a associação.

Negociação

A Casa Civil do DF informou que representantes do governo e das empresas estão reunidos para encontrar soluções. Também participam da negociação membros da Secretaria da Educação, das de Mobilidade e da própria Casa Civil.