postado em 10/11/2016 11:40
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Ônibus incendiados, barricadas, vias fechadas, transporte público interrmpido, comércio fechado. São Sebastião tem uma manhã de violência e tensão nesta quinta-feira (10/11). Moradores de uma área pública invadida se uniram para evitar a continuidade de derrubadas feitas pela Agefis (Agência de Fiscalização do DF) desde sexta-feira (4). Até o meio-dia desta quinta, fiscais não conseguiram entrar na região ocupada ilegalmente para realizar mais remoções. Diante de tal cenário, a Polícia Militar enviou a Tropa de Choque.
A área em questão fica no Núcleo Rural Zumbi dos Palmares. Para evitar a aproximação dos policiais militares, por volta das 11h30 os manifestantes atearam fogo em uma barricada, bloqueando a entrada no bairro. Há cerca de 50 pessoas na linha de frente do movimento. Elas prometem resistir o quanto puderem.
Mais de 10 veículos da PM, entre carros e ônibus, estão na cidade para fazer a liberação de vias Um helicóptero da corporação também está dando apoio na operação. Policiais da cavalaria chegaram por volta das 11h35 para reforçar o efetivo.
Por volta das 11h40, policiais começaram a se organizar para dar início a liberação. Do outro lado, moradores soltaram fogos anunciando a chegada da PM. Dezenas de pessoas e veículos estão na rua bloqueando a passagem de quem tenta acessar o local das derrubadas.
O cenário, por volta das 12h desta quinta-feira, é de guerra. De um lado, policiais atiraram bombas de gás para dispersar os moradores. Do outro, os manifestantes revidaram com pedras. Um caminhão do Corpo de Bombeiros se aproximou da barricada para apagar as chamas e dar acesso aos profissionais da PM.
Viagens interrompidas
Três ônibus de transporte público foram incendiados em protesto contra a reintegração de posse. Com isso, a empresa que opera na cidade suspendeu todas as viagens. Um dos coletivos queimados tinha 20 passageiros e chegou a ser apedrejado. Uma pessoa precisou ser socorrida ao hospital.
Pouco depois do incêndio ao coletivo, um grupo queimou pneus no Morro Azul e tentou pôr fogo em outro ônibus, sem sucesso. Responsável pela linhas da cidade, a Pioneira disse que o prejuízo com o dano a cada veículo é de R$ 300 mil.
Com informações de Walder Galvão