Marina Adorno - Especial para o Correio
postado em 24/11/2016 06:00
Assim que a informação sobre o fechamento do Colégio Imaculada Conceição foi divulgada, uma das ex-alunas criou um grupo no Facebook para reunir todos que estudaram na escola e planejar uma despedida. A dentista Viviane Castelo Branco, 36 anos, decidiu replicar a iniciativa e fez um grupo no WhatsApp, reunindo os colegas que se formaram com ela, em 1994. E foi assim, de grupo em grupo, que a despedida ganhou corpo. Nesta sexta-feira (25/11), às 18h, pelo menos 220 ex-alunos confirmaram presença naquele que será o último encontro pelos corredores que fazem parte das lembranças da infância da maioria deles. ;A gente se conhece desde os 7 anos de idade, temos muitas lembranças boas e usamos esse espaço para compartilhá-las. Inclusive, alguns professores participam do grupo;, conta Viviane.
A escola, que manteve as portas abertas por 52 anos na 606 Sul, não era grande. Tinha poucas turmas. Para a arquiteta Luciana Vecchi, 37 anos, essa era justamente a maior qualidade do lugar: o ambiente familiar. ;As diretoras sabiam os nomes dos nossos pais, eles sabiam os nomes dos professores e estes conheciam cada um dos alunos. Todos os pais se conheciam. Sempre fomos muito unidos;, explica. Essa proximidade foi mantida nos últimos 22 anos. Eles se recordam de todos os apelidos, sabem dizer o que cada um está fazendo da vida hoje e, desde a formatura, a turma de 1994 conseguiu se encontrar em outras quatro ocasiões.
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Para a relações públicas Marina Nepomuceno, 37, os valores de família transmitidos pela escola justificam os laços fortes de amizade que foram mantidos até hoje. Ela mantém como referência de amizade, as amigas que fez no Imaculada Conceição. ;Nós sempre mantivemos contato, sempre encontro com elas e frequentamos a festa de aniversário dos filhos umas das outras;, destaca Marina. De acordo com Luciana, foi lá que todos descobriram o mundo, no início da adolescência. ;O nosso mundo durante uma década foi aqui;, conta, emocionada, a arquiteta.
As principais lembranças são as gincanas, as viagens para a chácara e as festas em datas comemorativas, mas o lugar preferido de todos é o Pátio Vermelho, onde se encontravam todo dia, pela manhã, para rezar e cantar antes de ir para a sala de aula. Lá, também brincavam durante o recreio. O pátio deu nome ao evento de despedida que mobilizou tantos alunos. ;Tem uma colega nossa que está morando em Portugal, fazendo mestrado, que chega na quinta-feira à noite apenas para participar dessa despedida;, acrescenta o personal trainer Marcel Cavalcanti, 36.
Emoção
Apesar de repentina, a notícia sobre o fechamento da escola não pegou todos de surpresa. No ano passado, Luciana, Marina, Bárbara e Viviane decidiram se encontrar na festa junina da escola. Quando chegaram, encontraram com freiras e diretoras. Elas comentaram sobre a redução de alunos. Marcel, porém, ficou sabendo por meio de um aluno que malha com ele que o colégio estava encerrando suas atividades e afirma ter sido surpreendido. Poucos dias depois, apareceram as notícias confirmando a suspeita.
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