Construído em homenagem aos heróis da pátria e ao ex-presidente Tancredo Neves, o monumento à liberdade e à democracia tem como maior símbolo uma chama que não deveria apagar nunca. Mas não é o que acontece há ao menos uma semana. Segundo funcionários do espaço, ele apresenta uma série de falhas na manutenção, inclusive no equipamento de gás. Ele estava vazando, por isso a chama teve que ser apagada, sem previsão para o conserto do aparelho. Ainda, mármores estão soltos e o lixo toma conta do local.
No lado externo, no alto de uma torre erguida em diagonal, ardia a chama eterna. Uma chama pequena, que representa a liberdade do povo e a independência do país. Na manhã desta segunda-feira (28), o repórter-fotográfico Ed Alves, do Correio Braziliense flagrou uma garrafa de vinho onde deveria haver somente a chama acesa.
A chama fica ao lado do prédio projetado por Oscar Niemeyer. A forma do monumento sugere a imagem de uma pomba e tem um rico acervo, além de uma exposição permanente que homenageia os heróis nacionais, com o Mural da Liberdade, de Athos Bulcão; o Painel da Inconfidência Mineira, de João Câmara; o Vitral, de Marianne Peretti; e o Livro de Aço dos Heróis Nacionais.
Os nomes dos homenageados constam no "Livro de Aço", também chamado "Livro dos Heróis da Pátria", o qual lhes confere o status de "herói nacional".
Patrocinado pela Fundação Bradesco e doado ao governo brasileiro durante a gestão de José Sarney, o Panteão foi inaugurado em 7 de setembro de 1986. O espaço integra o Centro Cultural Três Poderes.
O Panteão foi tombado em 2007, pelo Iphan, com outras 34 obras de Oscar Niemeyer, em homenagem aos seus 100 anos.