postado em 14/12/2016 16:00
O grupo de alimentação e bebidas puxarou a inflação do Distrito Federal para baixo. A avaliação é do gerente de Contas e Estudos Setoriais da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), Jusçanio Umbelino de Souza. A retração de 0,12% vem depois de o setor puxar o índice para cima meses a fio. A declaração foi feita durante a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que calculou redução de 0,08 ponto porcentual de outubro (0,36) para novembro (0,28).Leia mais notícias em Cidades
Os cálculos são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o DF acumula variação anual de 4,45%, abaixo dos 5,97% de média nacional. Segundo o estudo, a queda foi favorecida pela deflação de parte dos grupos que compõem o cálculo, em que se destaca o de alimentação e bebidas. ;Em diversos meses, esse grupo puxou o índice para cima e é o grande responsável agora por reduzir a escalonada de inflação em Brasília;, explicou Jusçanio. De acordo com ele, a capital federal deve fechar o ano abaixo da meta oficial, de 6,5%.
Por outro lado, a maior alta foi em habitação (1,25), que sofreu pressão pelo aumento principalmente na energia elétrica. O grupo de saúde e cuidados pessoais apresentou a maior variação no acumulado do ano (10,09). Itens como planos de saúde e produtos farmacêuticos são os principais responsáveis pelo acréscimo.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor
A Codeplan também apresentou dados relacionados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve alta de 0,33% em novembro, ficando 0,12 ponto porcentual acima da variação do mês anterior e 0,26 ponto porcentual acima da média do País. No ano, Brasília acumula elevação de 4,25%, e, em 12 meses, de 5,13%. Nos dois casos, os números são os menores entre os computados nas 13 regiões onde o IBGE faz a pesquisa. O INPC refere-se a famílias residentes em áreas urbanas, com rendimento de um a cinco salários mínimos.Índice Ceasa tem queda
O índice Ceasa do Distrito Federal, que acompanha preços de 66 itens de hortifrutigranjeiros, ficou em 3,78% em novembro, menor do que as taxas aferidas no mesmo período de 2015 (10,82%) e de 2014 (5,95%). A maior variação mensal foi relacionada às verduras (36,86%), seguida por frutas (5,35%). Ovos e grãos se mantiveram estáveis, e legumes tiveram redução de -3,12%. Os números foram apresentados nesta manhã (14) pela Centrais de Abastecimento do DF.No setor de verduras, as alfaces lisa (101,06%) e americana (96,81%) puxaram a alta do grupo, enquanto no de frutas, o abacate (49,41%) e o morango (22,89%) tiveram os maiores acréscimos nos preços. A manga palmer (-9,74) e o maracujá (11,26) foram os produtos que mais tiveram queda no setor.
Com informações da Agência Brasília.