Kalungas da região da Chapada dos Veadeiros vão ganhar R$ 382 mil para o manejo e beneficiamento da Baunilha do Cerrado. Os beneficiados moram na comunidade Vão das Almas, no município de Cavalcante (GO). O dinheiro virá da Fundação Banco do Brasil. O investimento visa gerar renda para cerca de 200 famílias.
O presidente da Fundação Banco do Brasil, Asclepius Soares, e o chef e presidente do Instituto ATÁ, Alex Atala, assinam na tarde desta terça-feira (20), o convênio para o projeto sair do papel. Ele prevê a construção de viveiros para produção de mudas, realização de cursos sobre o manejo adequado e beneficiamento da baunilha.
O evento de assinatura do convênio será no Museu Banco do Brasil, localizado no edifício do CCBB Brasília, e contará também com a presença do vice-presidente de governo do Banco do Brasil, Júlio César de Oliveira, autoridades e representantes dos kalungas. A Central do Cerrado, instituição que reúne diversas cooperativas, é parceira do projeto e auxiliará na organização social e comercialização.
Localizada ao norte da Chapada dos Veadeiros, região turística a 320km de Brasília, os kalungas, como são conhecidos os remanescentes de quilombolas, irão trocar conhecimentos da biodiversidade local, participar de capacitações empregar técnicas agroflorestais para beneficiamento do produto ainda pouco conhecido na gastronomia, mas com grande potencial de uso devido ao alto teor aromático.