postado em 21/12/2016 06:00
Criatividade é a palavra-chave para o consumidor do Distrito Federal encarar os altos preços dos itens da cesta de Natal. Em tempos de recessão econômica, a saída é usar a originalidade e trocar itens dispendiosos pelos mais baratos. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), os valores dos complementos da ceia para o Natal subiram mais do que a média da inflação registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no período de dezembro de 2015 a novembro de 2016 (6,76%). De acordo com a pesquisa, a ceia de Natal vai ficar 10% mais cara este ano em comparação com 2015.
[SAIBAMAIS]Entre os itens que apresentaram maior aumento de preços no levantamento feito pelo Ibre estão azeite (17,52%), vinho (16,95%) e frutas frescas (16,91%). ;Os vinhos acabam seguindo a tendência do importado. Nesse período, que a procura é maior, temos pouco espaço para os preços recuarem;, explica o economista André Braz, responsável pelo cálculo do Índice de Preços ao Consumidor feito pela FGV. Outros itens típicos da ceia de Natal que também tiveram aumento acima da inflação, de acordo com a pesquisa, foram arroz (16,28%), ovos (13,16%), óleo de soja (13,07%), pães (10,24%) e farinha de trigo (9,93%).
Para contornar a situação, a cozinheira Alzenira Rodrigues da Silva, 39 anos, moradora do Gama, afirma que a ceia natalina na casa dela será reduzida. ;Com os preços nas alturas, tive de reduzir tudo. À mesa, vou servir chester, farofa e poucas frutas para decorar. Tudo regado com refrigerante. Vinho e espumante, nem pensar;, diz.
A dona de casa Luzia Oliveira, 62, moradora do Cruzeiro, conta que participará de uma ceia colaborativa no dia 24 e ficou responsável por levar salmão. Já no dia 25, trocará o tradicional bacalhau por lascas de peixe polaca do Alasca ; que pertence à mesma família do cod (bacalhau) do Alasca. O quilo pode ser encontrado nas prateleiras dos supermercados por R$ 29,99, enquanto o do bacalhau (o lombo) chega a R$ 148,99.
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