Adriana Bernardes
postado em 27/12/2016 11:00
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizou a devolução de 48 obras de arte que estão no Palácio do Alvorada ao Museu Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro. A história veio à tona quando a arquiteta Maria Elisa Costa, filha do urbanista Lúcio Costa, publicou uma carta aberta à presidente do instituto, Katia Bogea, fazendo um apelo para que isso não aconteça.
No texto publicado em uma rede social, Maria Elisa classifica o ato como "uma traição à Juscelino (Kubitschek) e a Brasília". "Brasília nasceu sob o signo da arte... e para marcar essa presença, o que fez nosso JK? Conseguiu que o Museu de Belas Artes da antiga capital lhe cedesse uma bela coleção de obras de arte, a serem colocadas nos Palácios de Brasília, como a dizer ; aqui, Poder & Arte convivem, cotidianamente."
Na avaliação de Maria Elisa, com o tempo, essas obras passaram, de fato, a ;pertencer; a Brasília. "A ideia de JK criou raiz. Retirá-las seria desmerecer a sensibilidade e a sabedoria de quem foi capaz de construir, em três anos, nossa capital.... Ele não merece", escreveu.
Por meio da assessoria de imprensa, o Iphan confirmou que as obras serão devolvidas e justificou dizendo que elas "não fazem parte do tombamento do Palácio. Portanto, o Iphan não tem o que manifestar nesse caso". Questionado sobre quais são as obras e os artistas, respondeu que "não é de nossa competência institucional" e, por isso, não tem as informações solicitas.