Cidades

Protesto contra reajuste de tarifas complica trânsito na zona central

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 250 pessoas participam do ato que partiu da Rodoviária do Plano Piloto

Fernando Jordão - Especial para o Correio, Alessandra Modzeleski - Especial para o Correio
postado em 04/01/2017 17:43
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Cerca de 250 manifestantes, segundo estimativas da Polícia Militar, participam nesta quarta-feira (4/1) de um ato contra o reajuste das tarifas de ônibus e metrô no Distrito Federal. Eles se concentraram na Rodoviária do Plano Piloto e seguiram na direção do Palácio do Buriti. Na Torre de TV, no entanto, eles pararam e decidiram partir rumo à W3 Sul. Na sequência, desceram a comercial da quadra 102, conhecida como Rua das Farmácias e chegaram ao Eixão. Por causa do protesto, os trânsito na zona central está complicado. Os dois sentidos do Eixão no início da Asa Sul estão inerditados. As vias W3 e N1 ; Eixo Monumental, sentido Buriti ; também chegaram a ser fechadas, mas já foram liberadas.
[SAIBAMAIS] Por volta das 19h, a PM disparou spray de pimenta contra os manifestantes, que reagiram com paus e pedras. Às 20h, houve um novo tumulto e a PM reagiu com bombas de gás.
Os presentes na manifestação carregam cartazes com dizeres como "mão para o alto, 5 conto é um assalto" [sic] e "abaixa a tarifa, amplia o passe livre". Segundo a PM, 193 homens trabalham na operação. Eles são auxiliados por helicópteros, motos e viaturas.
Antes do início da manifestação, a Polícia Militar apreendeu, na Rodoviária, uma máscara de gás, um escudo e algumas garrafas que, segundo a corporação, não serão permitidas no protesto.
Além do ato desta quarta-feira, outros protestos devem acontecer nesta semana. O próximo está marcado para esta quinta-feira (5/1), às 17h, na Praça do Relógio, em Taguatinga. Na sexta-feira (6/1), será a vez de Ceilândia e Planaltina.

Aumento
A revisão tarifária estabelece um aumento de R$ 2,25 para R$ 2,50, no caso de linhas circulares internas; de R$ 3 para R$ 3,50, nas passagens de coletivos de ligação curta; e de R$ 4 para R$ 5, nas viagens de longa distância e no metrô. Esse é o segundo reajuste referente à malha metroviária durante a gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB). Em comparação ao início de 2015, quando o chefe do Executivo local assumiu a gestão do DF, o valor da tarifa mais cara subiu 66%.

A Câmara Legislativa já se mostrou contrária ao reajuste. Os deputados distritais já participaram, inclusive, de duas reuniões em menos de 24 horas com o governador, Rodrigo Rollemberg. Ambas terminaram sem acordo. O colegiado de parlamentares votará, na quinta-feira da próxima semana, o projeto de decreto legislativo que pode revogar a revisão tarifária estabelecida pelo Executivo local.

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