Antiga residência da família Amaral, a casa branca, com janelas envidraçadas azuis em estilo modernista, está fechada e deteriorada pelo tempo. Antes frequentada por políticos e pela alta sociedade brasiliense, hoje está à mercê de bandidos. Isso porque uma parte do muro da propriedade, em um dos endereços mais cobiçados de Brasília, no Conjunto 1 da QL 8 do Lago Sul, foi colocada abaixo por decisão judicial.
A briga na Justiça teve início por causa de uma construção irregular feita pela família em uma área de mais de 19 mil m; de preservação ambiental que dá acesso ao Lago Paranoá. Em 22 de agosto do ano passado, Valmir Amaral e a mãe dele deixaram a casa, que está sob os cuidados de um caseiro durante o dia e de um guarda, à noite.
Segundo o caseiro, que preferiu não se identificar, houve dois roubos à residência após a queda do muro. O primeiro, em 12 de outubro de 2016, quando cinco carros entraram pela estrada de terra ao lado do lago e estacionaram perto do heliponto. Levaram diversos óculos de marcas famosas, três camisas, quatro aparelhos de tevê e dois botijões de gás. Na segunda invasão, no fim de outubro, foram levados dois aparelhos de micro-ondas, um forno elétrico e uma televisão.
Na parte do terreno em que o muro foi colocado abaixo, estão três campos de futebol, onde o mato já chega a um metro de altura, um heliponto, três viveiros vazios e até um estábulo, no qual viviam quatro minipôneis. A piscina, no deck próximo à cozinha gourmet com churrasqueira, está com a água turva e esverdeada. Uma banheira de hidromassagem também acumula água da chuva.
Das janelas do térreo, é possível ver quatro salas com poucos móveis. Em uma das paredes, uma foto do ex-senador Valmir Amaral com o ex-presidente Fernando Collor e o presidente do Senado, Renan Calheiros. Na garagem, estão dois carros antigos de coleção: uma Mercedes Benz e uma BMW.
Em uma decisão inédita, em novembro de 2016, a Justiça do DF mandou recolher o passaporte e a carteira de habilitação de Valmir Amaral e de três parentes do empresário, como forma de forçá-los a pagar uma dívida avaliada em R$ 8 milhões. A juíza Joselia Lehner Freitas Fajardo, da Vara Cível de Planaltina, acatou argumentos de um credor.
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