postado em 08/01/2017 14:03
Policiais militares apreenderam um adolescente de 16 anos acusado de estuprar a própria irmã, de 14, usando uma faca para ameaçá-la. O flagrante aconteceu na manhã deste domingo (8/1), no P Norte, em Ceilândia. A vítima, acompanhada da mãe, aproveitou o momento em que o garoto estava dormindo, trancou a casa e parou um carro da Polícia Militar do Distrito Federal para denunciá-lo. A equipe da corporação foi até a residência e acordou o garoto que, surpreso, confessou a violência.Leia mais notícias em Cidades
Segundo informações da Polícia Militar, a crueldade aconteceu diversas vezes. O adolescente ameaçava a irmã de morte durante o ato, e também dizia que a mataria, bem como a própria mãe, caso ela contasse a alguém. Questionado pelos policiais sobre quantas vezes ele teria estuprado a irmã, ele respondeu que ;perdeu as contas;. Um dos policiais que fez o flagrante, o tenente Herison de Oliveira Bezerra, contou que a mãe viu a faca na cintura do filho pela manhã e desconfiou.
;Ele desconversou e foi dormir. Nesse momento, a filha tomou coragem e contou para a mãe. Os abusos eram praticamente diário. O que causa ainda mais estranhamento em toda essa história é que o pai dos jovens também está preso por estuprar a filha mais velha, que hoje tem 18 anos. Ele pegou 32 anos de prisão. Os abusos que ele cometia começaram quando a garota ainda tinha 5 anos. A mãe não soube dizer quantas vezes aconteceu ou quanto tempo durou;, detalhou o tenente.
Medo do filho
Após conversarem com os policiais, a mãe permitiu que a corporação entrasse na residência. Segundo o tenente, o jovem não tinha passagens pela polícia e nem histórico de drogas. "A mãe o descreveu como um rapaz nervoso e pediu que ele não seja solto. Ela teme pela própria vida e pela da filha. Não tenho como fazer uma avaliação de como ele é. Quando o abordamos, ele estava surpreso. Estávamos no quarto dele", explicou.Os policiais levaram o jovem para a Delegacia da Criança e do Adolescente de Taguatinga (DCA II). "Ele deve responder por ato infracional análogo a crime de estupro e, possivelmente, ameaça. Mas isso dependerá da avaliação do delegado. A mãe, como dissemos, pede que ele não seja solto e que pague pelo que ele fez", concluiu o tenente.