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Nível do Descoberto chega à casa dos 19%, o que deve provocar racionamento

O GDF estipulou o mínimo de 20% para decretação de racionamento, mas ainda não colocou em prática a medida, apesar da escassez de água e de chuva na região

Luiz Calcagno, Renato Alves
postado em 09/01/2017 10:10

Meteorologistas alertam que a quantidade de chuvas em janeiro deve ficar abaixo do esperado

O reservatório do Rio Descoberto, que atende 80% da população do Distrito Federal, atingiu uma das menores marcas da história da capital. Na manhã desta segunda-feira (9), a barragem chegou a 19,91%. A menor medida registrada foi de 19,30%, em 19 de novembro de 2016. O GDF estipulou o mínimo de 20% para decretação de racionamento, o que ainda não aconteceu, apesar da escassez de água e de chuva na região que, desde dezembro, só vem agravando o quadro.

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De acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Manuel Rangel, a tendência é que o quadro piore. Ele explica que uma massa de ar seco atua sobre a região e inibe a possibilidade de chuva. ;Dezembro já ficou abaixo do esperado e tudo indica que janeiro também ficará devendo. A partir da segunda quinzena, há uma expectativa de que voltem a ocorrer, ao final da tarde e da noite, pancadas de chuvas isoladas. Mas a regra deve ser de dias ensolarados;, alertou.

Técnicos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa) fazem a medição diária tanto da Barragem do Descoberto como da de Santa Maria. O volume útil da segunda está em 41,67%, e também apresenta quedas diárias. Apesar da expectativa de baixo volume de chuvas na região, a semana promete ser um pouco mais fresca para o brasiliense. De acordo com o também meteorologista Mamedes Luiz Melo, o órgão espera chuva para esta terça (10).

Ele alerta, no entanto, que o aumento da chuva será gradativo e que a capital continuará a registrar altas temperaturas. Soluções para o problema não devem chegar antes da estação da seca. Conforme publicado pelo Correio no primeiro dia do ano, a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) investiu cerca de R$ 20 milhões no subsistema Bananal, que estará em condições de funcionamento em novembro de 2017. O sistema funcionará como um reforço para Santa Maria.

Outra preocupação do governo é quanto à redução das perdas. Luduvice disse que foram implantadas 150 válvulas redutoras de pressão para a otimização da distribuição de água, em substituição às redes antigas. Diante disso, ele ressaltou a importância da cooperação da população para o uso racional da água.

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