Cidades

Ex-secretários confessam furto em prefeitura do Novo Gama

A dupla afirmou ter ingerido bebida alcoólica antes de entrar no local. Segundo eles, a intenção seria assustar os seguranças

Walder Galvão*
postado em 10/01/2017 13:02
A dupla afirmou ter ingerido bebida alcoólica antes de entrar no local. Segundo eles, a intenção seria assustar os seguranças
A Polícia Civil de Goiás identificou os responsáveis por furtar a prefeitura do Novo Gama (GO) utilizando lençóis como disfarce. O que chamou a atenção no caso é que os dois suspeitos eram secretários. Carlos Alarcom Cartaxo Martins, ex-secretário de Transportes, e Adriano Marques Tavares, antigo representante da pasta de Desporto, Lazer e Turismo, se apresentaram na delegacia da região nesta segunda-feira (10/1). Tavares confessou o crime. Eles invadiram o local na madrugada de ano-novo (1;/1).
Mesmo com a confissão, os suspeitos foram liberados em seguida. De acordo com o delegado titular da unidade, Fellipe Guerrieri, como não foi flagrante e nem havia mandato, a corporação ficou impossibilitada realizar a prisão. "As investigações vão continuar, ainda vamos escutar mais testemunhas. Entretanto, não há previsão para prender os homens."
Durante o depoimento, Carlos permaneceu em silêncio, porém, Adriano assumiu o crime e confirmou a participação do colega. Segundo o delegado, os homens disseram ter ingerido bebida alcoólica no dia do furto. "Eles afirmaram que queriam assustar os seguranças que trabalhavam no local e que não tinham a intenção de subtrair nada", relatou.
Os homens são acusados de furtar uma impressora e um computador, mas a dupla afirma só ter pego o dispositivo de impressão. "As filmagens do local mostram os homens levando apenas a impressora. No entanto, um computador sumiu na noite do crime", apontou Guerrieri.
O delegado informou que a investigação já suspeitava dos ex-servidores. "Os dois são figuras conhecidas na cidade. Pelas características físicas mostradas no vídeo, já podíamos precisar de quem se tratava", constatou. Guerrieri também acredita que a confissão só ocorreu, porque os homens já tinham consciência que seriam pegos. A polícia também escutou o guarda que trabalha na noite do crime, porém, ele afirmou que não viu os suspeitos.
* Estagiário sob supervisão de Renato Alves

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