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Parque Tecnológico do DF começará a ser construído em outubro

A previsão foi informada pelo GDF durante o evento em que o governador assinou lei que cria oficialmente o parque. A norma alterou outra editada em 2002, ampliando a abrangência do empreendimento

Marlene Gomes - Especial para o Correio
postado em 10/01/2017 15:53
O Parque Tecnológico do Distrito Federal - BioTIC foi criado oficialmente nesta terça-feira (10/1), por meio de lei sancionada pelo governador Rodrigo Rollemberg. Além do de tecnologia, setores de biotecnologia, nanotecnologia, cosméticos, saúde, agricultura e energia garantem presença com centros de pesquisa ou empresas. O empreendimento tem capacidade para abrigar cerca de 1,2 mil empresas e gerar 25 mil empregos diretos.
Além de atrair startups e multinacionais, o novo modelo do Parque Tecnológico propiciará o aumento de cooperação e a criação de negócios entre empresas, universidades e centros de pesquisa. A primeira oferta pública de ações para os investidores deverá ser lançada em junho e a construção do primeiro edifício onde as empresas serão instaladas deve começar em novembro.

Até 20 de janeiro, a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) deve republicar o edital da licitação que vai escolher a instituição financeira responsável pelo Fundo de Investimento de planejamento das obras, gestão, administração e manutenção do Parque Tecnológico. O valor da licitação é de R$ 3.294.592.
O presidente da Terracap, Júlio César de Azevedo Reis, prevê a contratação do agente financeiro já em fevereiro. ;A instituição terá prazo de seis meses para estruturar o Fundo de Investimento, mas, a partir do momento em que o fundo for criado, a Terracap aporta o imóvel no fundo e passa a ser uma investidora. Será uma gestão totalmente privada. A previsão é de que os investidores façam um aporte de aproximadamente R$ 1,6 bilhão, totalizando R$ 3 bilhões;, explicou.

Centros de pesquisa

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) será a empresa âncora do Parque Tecnológico. A expectativa é que, a partir da presença da Embrapa no local, outras empresas ou centros de pesquisas, como as universidades, se instalem também no local. ;Qual a grande empresa ou instituto do mundo que não quer vir desenvolver pesquisas em um ambiente tropical, em parceria com a Embrapa, num contexto de mudanças climáticas no mundo?", indagou Rollemberg.
A área destinada ao Parque Tecnológico tem 1,2 milhão de metros quadrados e está localizada entre a Granja do Torto e o Parque Nacional de Brasília. No local funcionam, atualmente, Datacenter do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e uma subestação da Companhia Energética de Brasília (CEB). Já está em construção o prédio onde funcionará a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e a governança do BioTIC.
O tamanho do espaço que cada uma das empresas vai ocupar deve variar de acordo com a necessidade de cada uma. ;O Distrito Federal tem tudo para se destacar como um grande centro de ciência e inovação. A nova marca BioTIC está trazendo um diferencial, um novo conceito, que é de uma contemporaneidade extraordinária", disse o presidente da Embrapa, Maurício Lopes.
Anteriormente denominado Capital Digital, o Parque Tecnologico previa a instalação somente de empresas ligadas às áreas de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. A lei sancionada pelo governador ontem alterou a que foi publicada em 2002, ampliando o escopo do empreendimento. ;Estamos falando de um parque no centro do bioma Cerrado, que detém uma das maiores biodiversidades do planeta;, disse Rollemberg.

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