Isa Stacciarini
postado em 10/01/2017 17:26
Uma operação sigilosa da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe) apreendeu, na noite de segunda-feira (9/1), ao menos 60 celulares em duas alas do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), onde ficam os presos que progrediram para o regime semiaberto, ou seja, trabalham durante o dia e retornam para a cadeia à noite.
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Os quase 80 agentes que participaram da ação localizaram ainda drogas e facas dentro das celas. Proporcionalmente, foi a maior apreensão de celulares no CPP ; 30 por ala. Na operação anterior, foram encontrados 93 aparelhos em quatro alas, um média de 23 por setor.
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Os quase 80 agentes que participaram da ação localizaram ainda drogas e facas dentro das celas. Proporcionalmente, foi a maior apreensão de celulares no CPP ; 30 por ala. Na operação anterior, foram encontrados 93 aparelhos em quatro alas, um média de 23 por setor.
O clima do CPP é de tensão, pois há uma comoção Brasil afora pelo descontrole nos sistemas prisionais. No total, o CPP tem 1.067 vagas, mas a lotação chega a 1.385, ou seja, 30% acima da capacidade.
Crise no sistema
O massacre de presos no Amazonas e em Roraima levantou novamente o debate sobre a superlotação das cadeias. Dados do levantamento mensal do Conselho Nacional de Justiça mostram a gravidade do problema também no Distrito Federal.
Hoje, há 7.496 vagas nas penitenciárias do DF, para 14.992 presos. Ou seja: existem dois detentos para cada vaga no sistema carcerário.
[SAIBAMAIS]A situação no sistema do DF é mais grave do que a registrada no estado do Amazonas, onde existem 4.430 presos para 3.297 vagas.
A Secretaria de Segurança Pública informou, em nota, que, além das vagas criadas este ano, que, segundo a pasta, acabaram com o deficit na penitenciária feminina, serão entregues quatro novas unidades, com um total de 3,2 mil vagas. "Essa ampliação vai acabar com a superlotação no regime provisório e equalizar o regime semiaberto", garante a secretaria.